Sorrisão prateado estampado no rosto. Na Toca do Leão, tá todo mundo "Rildo à toa". O trocadilho surgiu depois do bom desempenho do atacante no primeiro clássico do ano. "É verdade, o pessoal tá brincando com isso", diverte-se Rildo.
O estreante em Ba-Vis não se intimidou com o rival. Primeiro, deu um passe açucarado pra Elkeson. Na comemoração, tentou a companhar o autor do gol dançando a música Chore na Minha, da banda Saiddy Bamba, mas não conseguiu pegar o ritmo...
"Você viu como ele tava dançando com Elkeson? Ele não sabe dançar", comediou Uelliton. "Eu nem sabia o que tava dançando", admite o paulistano Rildo. Na hora que fez o terceiro do Vitória, nada de dancinha. Correu quase o campo inteiro.
"Tinha um torcedor do outro lado criticando todo mundo, aí fui lá mostrar a camisa 11 pra ele". Não foi o primeiro dele. Antes, Rildo tinha marcado contra o Juazeiro. Sabor diferente. "Contra o Bahia tem um gostinho especial por ser clássico.
Neto Baiano já havia provado dessa sensação em 2009, quando foi artilheiro do estadual com 18 gols.Um deles garantiu o tricampeonato. Este ano, depois de ter abandonado a Toca porque não queria mais jogar no time, ele precisava fazer as pazes com a torcida. Abriu o placar contra o Bahia e ficou tranquilo. "Tô me sentindo mais leve, mais tranquilo, por uma questão minha mesmo. Eu estava um pouco apreensivo pra mostrar que estava disposto a cumprir meu contrato", desabafou Neto.
RECONHECIMENTO - Pra Rildo, a badalação no estadual é novidade. Depois do jogo, a primeira coisa que fez foi ligar pra mãe. Em São Paulo, dona Eliana também estava toda contente. "Ela tava escutando o jogo pela internet e ficou muito feliz. Na hora que eu fiz o gol, gritou tanto que acharam que ela tava passando mal, mas foi a felicidade".
A torcida rubro-negra também anda rindo à toa. A goleada em cima dos tricolores é o assunto mais comentado nas rodas de bate-papo, na barbearia, na internet... Ontem, o paulista de 21 anos sentiu a força do pós-clássico. "Fui ao shopping e o pessoal me reconheceu. Vieram me cumprimentar e agradeceram por eu ter feito o gol. Teve até tricolor brincando dizendo que eu fiz gol no time dele. Fico feliz por estar sendo reconhecido". No domingo, a torcida do Bahia até gritou "ão, ão, ão segunda divisão", mas quem Rildo por último, Rildo melhor.
*Matéria publicada na edição impressa do jornal Correio do dia 8 de fevereiro de 2011
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