Messi revela que nascimento de seu filho mudou sua carreira

Redação GoalDepois de uma temporada conturbada, o atacante Lionel Messi diz viver um dos melhores anos de sua vida. No Barcelona, o argentino segue quebrando recordes. Em novembro, ele se tornou o melhor marcador da história da Liga espanhola, ultrapassando o lendário atacante Telmo Zarra, que marcou 251 gols. No início de março, ele marcou o seu 32º hat-trick como jogador do Barça.Mas não é só de futebol que vive a estrela da Argentina. Em entrevista à revista do Barcelona, o jogador revela um grande aprendizado com o crescimento do filho Thiago, de dois anos e meio. Segundo Messi, o novo membro da família mudou a sua forma de ver o futebol.Confira a entrevista completa com o craque do Barcelona:Você parece feliz dentro e fora do campo. É isso mesmo?Sim, eu me sinto feliz. A verdade é que eu comecei a temporada de uma maneira diferente depois do que me aconteceu na última temporada. Eu tive um ano difícil devido a eventos fora do campo, lesões e minha forma. Mas nesta temporada eu comecei de forma diferente e agora me sinto bem.Depois de uma temporada difícil no ano passado, agora você está de volta ao seu melhor: você marcou 41 gols em 38 jogos (até a 24ª semana de campeonato e antes do jogo contra o City e as semifinais da Copa), igualando o seu total para o toda a temporada passada. Você está de volta ao seu melhor?Como eu estava dizendo, eu era inconsistente na última temporada. Eu estava fora por um tempo devido à lesão, faltando alguns jogos. Quando voltei, eu não me sentia bem. Foi um ano que eu tentei esquecer rapidamente para tentar voltar ao meu melhor através do trabalho duro, sorrindo e esforço, como eu sempre tenho e agora, felizmente, me sinto muito bem.Quais os positivos do ano passado?Na verdade, você aprende de tudo. Todos os anos eu tentei tirar positivo a partir de onde a crescer e melhorar. Você tem que crescer, aprender e melhorar.Nesta temporada, você tem dois atacantes ao seu lado, Neymar e Luis Suárez, que ajudam a compartilhar a responsabilidade de marcar gols. Isso ajudará a aliviar a pressão? Antes parecia que o Barcelona só ganhava quando o Messi ganhava...A verdade é que eu nunca vi isso dessa forma e eu nunca me senti obrigado a marcar gols, porque se eu não fizesse o time não iria ganhar. Pelo contrário, o Barça sempre tive grandes atacantes, não apenas agora, com Ney e Luis, que estão fazendo o máximo. Não estão fazendo só gols, mas muitas outras coisas. Então, por essa razão, estou calmo.Que tipo de gols que você gosta de marcar? Tem alguma preferência?A verdade é que eu não tenho qualquer preferência, gosto de marcar de qualquer maneira que eu puder, eu não me importo como a bola entra.Quando você marca um hat-trick você orgulhosamente pega a bola. É uma lembrança especial?Eu sempre peço para o grupo assinar, porque eu acredito que é o reconhecimento de toda a equipe. Sem meus companheiros eu não teria conseguido tudo o que eu tenho em um nível individual e eu acho que, com um hat-trick, mais do que nunca, eu dependo deles para marcar gols, por isso é uma lembrança agradável para ter.Onde você guarda?Eu guardo em casa onde guardo todos os meus troféus, mas eu pensei em fazer algo especial com eles, algo de bom com todas as bolas de futebol. No momento, eu guardo em caixas de vidro, mas eu estou pensando em fazer algo para que eles tenham um lugar mais especial.Você se lembra de todos os hat-tricks que você marcou?Agora mesmo, enquanto falamos, não. Eu preciso ver as metas de novo ou que alguém me diga.Mas, há um que você particularmente gosta mais?O que eu marquei contra o Real Madrid, quando empatamos em 3 a 3 em Camp Nou foi muito especial para mim, pelo o que significava o jogo e porque foi o meu primeiro hat-trick e nos manteve à frente no campeonato. Mesmo perdendo no final da competição, naquele momento, era importante e também porque foi contra o Real Madrid.Quais felicitações ou comentários de um adversário te fez mais feliz depois de um gol ou um hat-trick?Lembro no jogo contra o Real Madrid [em 2007], quando a partida terminou o Rául veio até mim para me felicitar. Ele disse algumas coisas para mim que, naquele momento foram importantes, por causa de quem foi Raúl, o que esse jogo significava, portanto, a verdade é que eu sempre me lembro disso.Você tem 27 anos, você é um adulto, em seu pico como jogador. Esse rapaz que chegou a La Masia, aos 13 tornou-se o melhor jogador do mundo ... ..o que você vê quando você olha para trás?Em um sentido esportivo, você não pensa em olhar para trás, porque tudo acontece tão rapidamente, há tantas coisas para jogar, há sempre novas metas e eu não há tempo para olhar para trás. Acontece mais na vida fora do campo, quando estou em casa com minha esposa e meu filho. Nós nos conhecemos desde quando éramos pequenos por isso às vezes nos lembramos de coisas que aconteceram para nós e ver como o tempo passou, como podemos crescer, como a vida é. Eu acho que no campo é mais difícil e até terminar a minha carreira eu não serei capaz de parar e pensar sobre o que tenho conseguido.Seu filho, Thiago, está agora dois anos de idade. Você é agora um pai. Como isso mudou você? Ajudou você amadurecer? Isso mostra em campo?Ele mudou tudo. Ele vem em primeiro lugar, o resto depois. Ele me mudou no que diz respeito à forma como eu vejo um jogo. Antes, se eu perdia ou fizia algo errado, eu não falava com ninguém durante três ou quatro dias até a loucura passar. Agora, se eu perder um jogo, eu vou chegar em casa e ver o meu filho e tudo isso vai passar. A raiva permanece no interior, vê-lo muda tudo. Ser pai me ajudou a crescer, e eu acho que é parte do amadurecimento. Ela me ajudou a não ficar louco por causa do futebol e pensar que existem outras coisas na vida também.