MGF sobre contratações: "a ideia é não trazer muitos reforços"

Cartola promete apenas contratações pontuais

O presidente do Bahia, Marcelo Guimarães Filho, comentou sobre a política de contratações do clube para o segundo semestre de 2013, esclareceu qual é a relação entre o programa Torcedor Oficial do Bahia (TOB) e a Arena Fonte Nova, e falou sobre a reta final do Baianão.

Reforços - Em entrevista à Rádio CBN, o dirigente garantiu que o clube será reforçado para o Campeonato Brasileiro, mas relembrou que há dificuldade financeira para trazer novos atletas para o Tricolor.

“Reforços chegarão, com certeza. A gente observou alguns jogadores nesse primeiro semestre e a nossa ideia é reforçar o time para o Brasileiro. Claro que Douglas (meio-campista do Corinthians) interessa, mas não temos condições financeiras para traze-lo. Temos dificuldades financeiras para ir ao mercado, mas já estamos pensando em alternativas. Quero ficar com a imagem do segundo turno do último Brasileiro”, disse o cartola.

Marcelo Guimarães Filho não pretende trazer muitos atletas novos para o clube. Para o presidente, a qualidade dos atletas é mais importante do que quantidade e, sendo assim, a política de “carreta” nas contratações está vetada.

“A nossa ideia não é fazer muitas contratações. Já fizemos aquelas contratações que considerávamos mais importantes, como a do Raul, por exemplo, Vamos contratar agora, para o Brasileirão, alguns jogadores mais conhecidos. A ideia é fazer um campeonato à altura do nosso clube”, explicou Marcelo Filho.

Campanha e protestos - Com uma campanha abaixo do esperado, o Bahia conseguiu chegar à final do Campeonato Baiano. Esperançoso, o presidente reconhece falhas na equipe, mas se diz confiante e acredita no título.

“BaVi é sempre um clássico muito difícil. É um jogo que, embora os números mostrem um time com um desempenho melhor que o outro, tudo pode acontecer. Não há favorito, mas garanto que vamos jogar com força, determinação e dedicação para reverter a vantagem”, disse o presidente.

Se, por um lado, o dirigente é só otimismo, o torcedor do Bahia anda desconfiado. Decepcionado com a má fase do clube, os tricolores vêm realizando uma série de protestos contra a diretoria do clube, mas Marcelo garante que isso é natural.

“Encaro as manifestações com naturalidade. O Bahia é um clube muito grande, é um gigante. Da mesma forma que a torcida colocou cinco, seis trios na rua quando subimos para a Série A, quando o torcedor se decepciona, manifesta na mesma proporção, só que negativamente. Estou muito convicto do bicampeonato e acredito que a alegria vai ser na mesma proporção da tristeza que tivemos pela eliminação do Nordestão", explicou o dirigente.

TOB x Arena Fonte Nova - Uma das maiores queixas dos torcedores que aderiram ao TOB, é o tratamento que eles recebem da Arena Fonte Nova. Muitos se queixam que não podem dividir o espaço com amigos e familiares, já que os torcedores oficiais têm uma ala específica no estádio, não podendo sentar no espaço destinado aos demais tricolores, que compram ingressos avulsos.

Ciente da insatisfação dos TOBs, o presidente do Bahia aproveitou a oportunidade e esclareceu qual é a real ligação entre o Bahia, o TOB e a Arena Fonte Nova.

“A Arena Fonte Nova pagou uma luva ao Bahia, para ter direito de administrar o Torcedor Oficial do Bahia (TOB), mas é óbvio que o Bahia não está fora desta relação. O sócio, como o próprio nome diz, é um torcedor oficial do Bahia. O Bahia tem participação direta nisso, além de ter uma participação financeira maior até do que a própria Arena na divisão de receitas desse programa. O que aconteceu foi que a Arena pagou uma luva ao clube para que tivesse a administração do programa. Entendemos que, assim, a relação ficaria mais adequada entre torcedor e Arena, que é dona do equipamento, e com o Bahia, que é quem tem o conteúdo do equipamento, que são os jogos. A relação é de ganho para todos. O torcedor é sócio do Bahia, mas a Arena administra o programa com a nossa participação”, esclareceu Marcelo Guimarães.

Marcelo garantiu ainda, que o programa está aberto a mudanças, mas que um aspecto só será alterado se trouxer benefícios à torcida.

“Mudanças podem acontecer, sim, mas sempre para melhor. Nós sempre buscamos aprimorar o TOB. Eventualmente, cometemos erros, mas a ideia é sempre melhorar. Já temos tudo definido em relação a preços hoje, mas não vou dizer que dentro de seis, sete meses, não pode haver mudanças tanto em preços, quanto em facilidade de pagamento, premiações, mas com mudanças sempre para melhor”, finalizou o presidente tricolor. Matéria original: Correio* MGF explica política de contratações para o Brasileirão: "a ideia não é trazer muitos reforços"