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Na batalha final, torcedor se preparou como num exército

Barradão lotou completamente e mais de 35 mil torcedores empurraram o Vitória rumo ao acesso à elite do Brasileirão

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25/11/2012 às 14:28 • Atualizada em 02/09/2022 às 4:57 - há XX semanas
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A movimentação começa pelo menos quatro horas antes do jogo. Por todos os acessos que levam ao Barradão, os carros se enfileiram, avançam pela contra mão. Muitos preferem parar muito longe do estádio e seguir a pé. O exército rubro-negro está mobilizado. No caminho, o isopor abastecido com muita cerveja gelada é um aliado imprescindível. O sol está forte.
O vermelho e preto colore as ruas em forma de camisas e bandeiras. O grito de guerra deixa bem clara a missão: “vamo subir, negôooo!” Todos se preparam para um combate. Sem violência. Esta tropa é a retaguarda e munição de um time que estava a um ponto de voltar ao grupo mais seleto do futebol nacional.Mas, o clima de enfrentamento tem espaço para a delicadeza também. Como leãozinho de pelúcia nas mãos, Olga conta o tempo para dar fim à sua agonia. Com ela, Wesley só espera pela festa. “Hoje é o dia de acabar com essa agonia”. A “faixa de Gaza” ou “Barraquistão” é o local de concentração dos guerreiros. O território dominado pela torcida rubro-negra é repleto de barracas, de onde se tira a munição para o combate.Confira aqui mais sobre o acesso rubro-negro!“É aqui que a gente ganha confiança para entrar no estádio e levar toda essa pressão para o campo”, diz Geovani. O campo em questão é o do Barradão. Não é de guerra, mas em dias como ontem, fica bem próximo disso. Nas arquibancadas, nem uma fresta que não esteja preenchida pelas cores rubro-negras. Escadaria, alambrados,barranco, não há mais onde ficar.Encontrar espaço para ver um pedaço do campo exige muita flexibilidade. ParaWalter, resta ouvir as reações de outros torcedores. Com o pequeno João Walter, de três anos, no colo, ele acompanha o jogo à distância enquanto o embala. “Uuuuhhh”, vibra a galera. O jogo está tenso.Alívio - O Vitória esteve vencendo, cedeu o empate, viveu suspense nos minutos finais, mas, no fim, os guerreiros rubro-negros puderam comemorar. “É um alívio, tiramos um peso das costas, agora tem que trocar o presidente e o time”, desabafou José Raimundo, insatisfeito com o comando do clube.Críticas à parte, o aposentado Manoel Parente, 65 anos, sobreviveu a outra conquista sofrida. “Graças a Deus, meu médico exigiu que eu fizesses um ecocardiograma para poder ver o jogo, o time deu um susto, mas para o Vitória tudo é mais difícil, a gente tem que passar por cima de tudo e de todos”. Missão cumprida.

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