'Não conseguia se mexer', diz pai de ex-jogador ferido em ataque

O ex-jogador de basquete Sebastian Bellin estava no aeroporto,voltando para casa nos Estados Unidos, quando foi atingido no atentado que aconteceu em Bruxelas, na Bélgica, nesta terça-feira (22). De acordo com o pai do ex-jogador, Jean Bellin, Sebastian não conseguia se mexer após ser lançado no chão pela explosão das bombas. Jean contou que já falou com o filho por telefone e o ex-jogador. "Ele disse: 'Eu fui atirado para o chão e nem percebi o que estava acontecendo'. Ele começou a sentir essa dor tremenda e não conseguia se mexer. Ele não sabe exatamente quando e como aconteceu", contou Jean ao Globoesporte.

Bellin foi socorrido e passou por cirurgia para estabilizar a região dos ferimentos (Foto: Reprodução)

Natural de São Paulo, Bellin fez carreira no exterior e chegou a defender a seleção belga. Encaminhado para um hospital de Bruxelas, Sebastian passou por cirurgia para estabilizar a região dos ferimentos. Como perdeu muito sangue, o ex-atleta passará por um novo procedimento apenas na quarta-feira (23)."Ele teve a perna esquerda e a parte direita do quadril atingidas por fragmentos da bomba. Quando conversei com ele, ele tinha acabado de passar pela primeira cirurgia para estabilizar, porque tinha perdido muito sangue", informou o pai do ex-jogador.Atualmente, Bellin trabalha em uma empresa que exibe os jogos de basquete por meio de streaming. Ele é casado e pai de duas filhas. Ataques Pelo menos 34 pessoas morreram e outras 170 ficaram feridas depois da explosão de bombas no aeroporto e na estação de metrô de Maelbeek. Segundo uma testemunha citada pela rádio pública RTBF, as explosões ocorreram perto de uma porta de embarque para os Estados Unidos, onde estavam muitos passageiros. A testemunha descreve “muitas pessoas ensanguentadas”. O grupo terrorista Estado Islâmico assumiu a autoria dos atentados.O governo belga elevou o alerta de emergência para ataques terrorista para o nível máximo. Os ataques aconteceram quatro dias depois da prisão de Salah Abdeslam, suspeito de ter participado dos ataques terroristas em Paris, em novembro do ano passado, que deixaram 130 mortos.