icone de busca
iBahia Portal de notícias
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE
ESPORTES

Ney Franco elege trilha sonora ideal para embalar o Vitória

Treinador encontrou na canção 'O que é, o que é', de Gonzaguinha, a trilha sonora ideal para embalar o Leão rumo à Libertadores

foto autor

02/11/2013 às 11:42 • Atualizada em 27/08/2022 às 10:14 - há XX semanas
Google News iBahia no Google News
O mineiro que a cada rodada acende o sonho da América nos corações rubro-negros é um sujeito de bom papo e musicalidade. Ney Franco encontrou na canção ‘O que é, o que é’, de Gonzaguinha, a trilha sonora ideal para embalar o Vitória rumo à Libertadores - afinal, o Leão não pode ter vergonha de ser feliz nessa reta final de Brasileiro. No início da tarde de sexta, antes da labuta com os jogadores, o treinador bateu um papo com o Correio. A primeira parte da entrevista você lê agora.

Qual o segredo desse time?Não tem segredo. É um conjunto de fatores que está fazendo com que possamos sonhar com um fim de temporada muito bom. É um elenco com qualidade técnica, um clube que dá estrutura pra se desenvolver o trabalho e uma comissão técnica que conseguiu aproveitar o máximo disso. Da minha parte, um detalhe muito importante: fui um treinador que chegou há pouco tempo e foi muito bem aceito pelo elenco. É um grupo que hoje acredita no treinador e não está medindo esforços pra fazer o que é proposto em treinamento e depois nos jogos. E com a chegada dos resultados, o grupo criou confiança pra jogar.
Como funcionou a recuperação de jogadores como Marquinhos e William Henrique?Marquinhos, pra mim, embora tenha 24 anos, é um jogador experiente. Só coloquei para o atleta que eu o conheço há muito tempo. É um jogador que acompanhei muito em 2008, quando o Vitória montou uma equipe muito forte, com Marquinhos de um lado, Willans do outro, Ramon centralizado e Dinei no ataque. Eu me lembro que enfrentei essa equipe assim que assumi o Coritiba. Marquinhos foi a revelação do Vitória daquele ano. Chamei, conversei, mostrei que estava nos meus planos. William já é diferente. Foi um jogador que vi disputando a Taça São Paulo e, quando cheguei, nem sabia que ele estava no Vitória. Quando olhei a relação de atletas emprestados, perguntei: ‘esse William é aquele do Barueri? Onde é que tá? Tem como retornar?’. Me disseram: tem. Coloquei pra ele: ‘Ô, já te conheço, você é um jogador que chegou a entrar numa relação minha pra convocação da Seleção. E falei com ele que era pra trabalhar que iam aparecer as chances. A chance apareceu mais cedo do que a gente esperava. Ele teve a estrela e a competência pra aproveitar esse momento.
De onde vem tanta ousadia de tirar volante, zagueiro e colocar o time pra frente?Isso é muito em cima de como eu acho que tem que ser esse Brasileiro. Tive a oportunidade de ser campeão da Série B com o Coritiba e nosso princípio básico era ganhar dentro de casa e pontuar fora. Acho que fora você tem que arriscar. Tentei trazer essa experiência pra cá. A do São Paulo também. No São Paulo, ganhamos o 2º turno do Brasileiro jogando dessa forma. É basicamente o que eu penso do futebol, jogar com uma equipe mais ofensiva, procurando o gol. Mas só dá pra jogar dessa forma quando se tem elenco.
Mas quando você chegou tinha que recuperar uma equipe que vinha há cinco jogos sem ganhar. E priorizou o ataque... Quando vi o elenco, soube que ele me dava a opção de armar a equipe da forma que eu pensava. Só para comparar as duas coisas. Ano passado, quando eu peguei o São Paulo num momento também difícil, a gente montou uma equipe com um atacante aberto pela direita, que era Lucas. Com Luís Fabiano centralizado, com Oswaldo que não tava jogando. Foi mais ou menos a mesma história do Marquinhos aqui. E tinha o Jadson centralizado. É a forma como gosto de montar minhas equipes. Eu não sabia da gravidade da lesão do Maxi. Meu pensamento era usar Maxi de um lado, Marquinhos do outro, com Dinei, Cajá e Escudero vindo de trás. Mas a gente foi até feliz nisso. Maxi disputou só dois jogos, mas tivemos a aquisição do William e a utilização do Escudero um pouco à frente. Gosto de trabalhar com a marcação alta, na pressão. Conseguimos colher os frutos de imediato e o Vitória arrancou de uma posição intermediária pra lutar por vaga dentro do G-4, G-3.
Você acha que o futebol brasileiro anda óbvio?Quem acompanha minha carreira está acostumado com isso. Todas essas conquistas tiveram um grau de ousadia, de mudança na forma de jogar. Acho que minha passagem pela seleção brasileira me deu essa possibilidade de sempre trabalhar com essa proposta de arriscar mais. Aquela experiência mudou o meu conceito.
Com Maxi, quem sai do time?Não adianta querer antecipar isso. Quando o Maxi voltar, vamos ter uma baita de uma opção. Talvez no início, por estar muito tempo parado, uma opção no banco. Lógico que, com a sequência de jogos, ele vai ganhar sua posição. Essa coisa de quem sai vai ser definida no momento em que ele estiver pronto.
O que significaria colocar o Vitória na Libertadores?Pelo que escuto da diretoria, do torcedor, uma classificação à Libertadores tem que se comemorar como se fosse um título. Porque a realidade é que o clube não tem o costume de disputar a Libertadores. O torcedor nunca viu o Vitória na Libertadores. Uma classificação dessa cria um horizonte enorme para a próxima temporada. Tem uma copa onde se apresentam os principais clubes do continente e mais os Mexicanos. É uma grande chance de expor a marca do clube, de o torcedor ter jogos internacionais. Por isso que a gente está empenhado e a gente está muito motivado pra conseguir isso.
Nessa trajetória, teve algum momento em que você pensou: ‘esse time tem condições de chegar na Libertadores?’ Acho que a gente teve dois jogos determinantes. O primeiro, lá em Curitiba, contra o Atlético-PR. Antes desse jogo, eu sempre coloquei o Atlético-PR como uma referência, porque saiu de 19º colocado e está trabalhando há muito tempo no G-4. A forma como a gente ganhou aquele jogo deu uma confiança muito grande para o nosso elenco de que a gente estava realmente no caminho certo. Saindo desse, foi o último contra o Fluminense, no Maracanã. A forma como a gente ganhou o jogo, com um jogador expulso aos 14 minutos do 1º tempo, com a equipe não abrindo mão de atacar e tendo a competência nos gols... Esses dois jogos que ratificaram a forma como a gente está jogando. Temos a segunda melhor campanha no mando de campo e a terceira melhor do returno.
Qual o peso de vencer o Corinthians?Além dos três pontos nos colocar mais próximos do 4º e do 3º colocado, tem um lado emocional muito forte. A gente vai enfrentar o atual campeão mundial. Uma das equipes que tem um dos melhores elencos do futebol brasileiro, com um dos melhores treinadores, uma das melhores estruturas. Seria uma vitória representativa. É importante pra autoconfiança.
Já que Ney Franco também é músico, qual seria trilha sonora para embalar esse momento?Esse momento, cara... Tinha que escolher uma música da cidade, né?(risos) Lembrei de Gonzaguinha, aquela música: ‘Viver e não ter a vergonha de ser feliz, cantar e cantar e cantar a beleza de ser um eterno aprendiz...
Por isso escolheu a trilha do Gonzaguinha?Não ter vergonha de ser feliz. Acho que está no momento de se expor, falar de seu clube... uma coisa a torcida pode ter certeza: é uma equipe que vai entrar em campo procurando o resultado positivo o tempo todo. Lógico que a gente está condicionado a detalhes que não temos controle: uma expulsão, um pênalti não marcado, um impedimento não dado, uma lesão. Mas o que a gente tem controle, os jogadores estão fazendo muito bem. Matéria original: Jornal Correio Ney Franco elege trilha sonora ideal para embalar o Vitória rumo à Libertadores

Leia também:

Foto do autor
AUTOR

AUTOR

Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!

Acesse a comunidade
Acesse nossa comunidade do whatsapp, clique abaixo!

Tags:

Mais em Esportes