O PSG começa hoje sua trajetória no Francês — enfrenta o Caen, às 16h, sem transmissão na TV — com a promessa de navegar por águas tão tranquilas quanto as da última temporada. Mas seu principal astro enfrentará um cenário bem diferente do de um ano atrás, quando chegava a Paris como o jogador mais caro da história.
Neymar naturalmente capitanearia mais um esforço do PSG para conquistar a Liga dos Campeões, interrompido, na temporada passada, ainda nas oitavas de final. A essa altura, o brasileiro já tinha sofrido a lesão que o afastaria por três meses.
Agora, voltará a enfrentar essa missão em um cenário bem mais desconfortável: a Copa do Mundo, palco em que imaginaria exibir um retorno triunfal aos gramados, acabou por minar sua reputação. Além de ter feito partidas aquém de seu potencial, tornou-se piada em todo o mundo pelo exagero na dramaticidade ao sofrer altas — e ao simular algumas delas. Como consequência, acabou ignorado pela Fifa na lista dos dez candidatos ao prêmio de melhor do mundo.
De quebra, viu um concorrente interno emergir de forma meteórica: Mbappé fez, na Rússia, tudo o que Neymar imaginou que faria. Campeão, foi eleito a revelação do torneio. Aos 19 anos, volta ao PSG como dono da camisa 7 e novo favorito a desbancar Messi e Cristiano Ronaldo: ele está na lista Fifa da qual Neymar não faz mais parte.
Questionado pela revista “France Football”, Mbappé suavizou os possíveis impactos do Mundial no convívio com o brasileiro:
— Nossa relação é baseada no respeito e na admiração recíproca. Ele disse que estava muito feliz por mim.
Linha-dura, técnico afaga brasileiros
Depois de sobrar na temporada passada, quando conquistou o Francês com 13 pontos de vantagem, o PSG foi modesto no mercado. O único reforço para o time até tem peso, mas se encaminha para o fim da carreira: o goleiro italiano Buffon, de 40 anos. Por isso, a chegada mais significativa ao clube se deu à beira do gramado: sai o apagado Unai Emery e assume o enérgico Thomas Tuchel.
O alemão, comandante de times essencialmente ofensivos e que se expressa com fervor à beira do gramado, não foge do conflito. E já pagou por isso, quando foi demitido do Borussia Dortmund após brigas com dirigentes e jogadores experientes do elenco.
Em Paris, porém, Tuchel tem adotado uma linha mais carismática. Quando Thiago Silva voltou das férias após a Copa, recebeu um beijo afetuoso do comandante, que também acarinhará Neymar:
— Todos no clube querem ajudá-lo a se sentir bem o mais rápido possível, esquecendo o que aconteceu no Mundial. Ele é um grande jogador, um campeão. Vamos ajudá-lo a se recuperar.
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Redação iBahia
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