O menino travesso parou de aprontar. Também, ele foi tirado do seu parque de diversão preferido: o meio de campo. Como marcar não é a dele, o professor resolveu colocá-lo para fazer o papel de atacante de beirada. Deu errado. Nikão, a surpresa do Vitória no Campeonato Baiano com nove gols e futebol solto, ficou previsível. Após três jogos de apagão, ele retorna ao meio e espera voltar a ser diferenciado com a 10 rubro-negra. Antonio Lopes percebeu que sua estratégia deu xabu. Por isso, na finalíssima contra o Bahia de Feira, neste domingo, às 16h, no Barradão, só dois atacantes: Geovanni e Elkeson. As peças serão as mesmas, só a estratégia diferente. "Ele percebeu que eu estava meio preso na frente. Jogar de costas pro zagueiro não é a minha. Vou voltar a vir de trás", confirmou Nikão, que atuou assim até antes do primeiro Ba-Vi da semifinal. Volta também a empolgação do menino de 18 anos. "Espero voltar a ser o velho Nikão. Essa é a função que fiz no meu começo aqui e deu certo. Estava muito aberto", analisa. Após os treinos táticos da semana sinalizarem a mudança, o coletivo de sexta pela manhã deu a certeza do esquema 4-4-2 no lugar do 4-3-3 das últimas rodadas. Mineiro, o volante encarregado de sair mais para o jogo, ganha companhia para trabalhar a bola no meio. Uma mudança que promete mexer com o jeito de defender e atacar do Vitória na finalíssima. Com os três meias no ataque, a função de armador era dividida entre os três. Carga extra, vinha o cansaço. Nikão sentiu mais e acabou sendo substituído bem antes de terminar o segundo tempo no primeiro jogo da final contra o Bahia de Feira, no Joia da Princesa. Mas ele tranquiliza a torcida. "A boa fase vai voltar domingo. É assim que sempre joguei", projeta. O Vitória só precisa empatar novamente com o Bahia de Feira para conquistar o inédito penta estadual. Por ter feito melhor campanha, o Leão joga por dois empates.
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