Sob o forte calor de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, a Seleção
Brasileira não fez uma grande exibição diante do Irã, mas conseguiu
vencer sem sustos o adversário por 3 a 0, nesta quinta-feira (7), no
segundo amistoso da Era Mano Menezes.
Apesar dos vários novatos e
estreantes em campo (Philippe Coutinho, Elias, Réver, Wesley e
Giuliano), foi do “veterano” Daniel Alves o gol que abriu o caminho da
vitória em uma excepcional cobrança de falta. Pato e Nilmar, outros
atletas já acostumados com a amarelinha, completaram o placar. O time canarinho, que já havia batido os Estados Unidos em agosto
em Nova Jersey, volta a campo na próxima segunda-feira (11), diante da
Ucrânia, na cidade inglesa de Derby, às 15h30 (horário de Brasília).
Trio milanês e susto no início
Com o trio “milanês” formado por Robinho, Pato e Philippe Coutinho
no ataque, o Brasil começou a partida desatento e errando muitos
passes. Apoiado pela maior parte dos torcedores que foram ao Zayed
Sports City, o Irã aproveitou a lentidão tupiniquim e, com uma marcação
sob pressão, encurralava os comandados de Mano Menezes na defesa.
Aos quatro, a seleção do Oriente Médio chegou inclusive a balançar
as redes com o atacante Gholami. No entanto, o árbitro alegou
impedimento (duvidoso) e anulou o que seria o primeiro gol da partida.
Sentindo o forte calor na capital dos Emirados - os termômetros
marcavam 36º mesmo com o jogo acontecendo à noite -, o Brasil só
conseguiu chegar ao ataque com perigo aos 12 minutos. Em jogada
individual, Alexandre Pato driblou Nosrati e acabou sendo parado com
falta.
Golaço de Daniel Alves
Na cobrança, o lateral-direito Daniel Alves, um dos mais
experientes do jovem grupo de Mano, pegou a bola com carinho e colocou
com maestria no ângulo do arqueiro Rahmati. Golaço.
Na comemoração, o atleta do Barcelona, que já foi campeão do mundo
com a equipe catalã nos Emirados em 2009, fez o número quatro em alusão
aos quatro anos vestindo a camisa amarelinha.
A pintura de Dani Alves mudou radicalmente a cara do jogo. O Brasil
passou a ter maior posse de bola e o Irã, visivelmente abatido pelo
tento sofrido, diminuiu a empolgação inicial.
E, por pouco, o abatimento iraniano não piorou. Aos 16, Robinho
invadiu a área e tocou para Pato. O atacante do Milan finalizou
cruzado, mas Heydari cortou quase em cima da linha. Quatro minutos
depois, em jogada semelhante, Robinho carimbou a trave. No rebote,
Pato, sozinho, arrematou para fora.
Depois da pequena “blitz”, o Brasil tirou o pé de acelerador - muito
por causa da temperatura elevada - e passou a cozinhar o jogo até o
final do primeiro tempo. Na saída para o intervalo, Robinho reconheceu
que a Seleção não fazia grande exibição.
Elias entra no segundo tempo
No volta para o segundo tempo, Mano Menezes sacou Philippe
Coutinho, que teve uma atuação apagada, e colocou outro estreante: o
corintiano Elias. Mas, assim como na etapa inicial, a Seleção entrou
cochilando e, por pouco, não sofreu o empate aos três minutos. Após
cruzamento, Nekounan tirou Victor e acertou a trave. No rebote,
Hosseini, mesmo sem nenhuma marcação, mandou a bola nas arquibancadas.
A resposta veio aos sete minutos em rápido contra-ataque. Robinho
abriu para André Santos na esquerda. O lateral do Fenerbahçe fez
cruzamento rasteiro preciso para Pato que, cara a cara com o gol,
chutou em cima de Rahmati.
O lance despertou os brasileiros que voltaram a ter o domínio do
confronto. Aos 15, Mano promoveu mais uma novidade. Sacou o “xodó”
Carlos Eduardo e pôs Giuliano, meia do Internacional, que terá a chance
de voltar ao Zayed Sports City em dezembro: o clube gaúcho vai
participar do Mundial de Clubes e fará sua estreia no estádio.
Jogador que mais finalizou na partida, Pato foi recompensado aos
23. Após tabelinha com Elias, o camisa 9 do Brasil ampliou o marcador
com um belo disparo de perna direita.
Com a boa vantagem no marcador, o Brasil voltou a cadenciar o ritmo
da partida, e Mano aproveitou para fazer mais mudanças, sacando Thiago
Silva e Lucas, e colocando, respectivamente, os debutantes Réver e
Wesley. Aos 38, Nilmar ainda teve boa chance de ampliar, mas parou nas
mãos de Rahmati, principal destaque do Irã.
Aos 46, André Santos cruzou da esquerda, Nilmar marcou o terceiro
gol do Brasil e fechou o marcador. Antes do apito final, o Irã quase
descontou com Teymourian, mas o atacante chutou para fora.
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