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Novo assalto no Fazendão faz atleta da base abandonar o clube

"Apontaram a arma na minha cara, disseram que iam me matar", relata Luan Ferreira, meia-atacante de 17 anos

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19/10/2013 às 18:15 • Atualizada em 02/09/2022 às 3:19 - há XX semanas
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O meia-atacante Luan Ferreira, de 17 anos, não quer mais jogar pelo Bahia. Há três anos nas divisões de base do clube, o atleta abandonou o Fazendão depois de ter sido roubado dentro do centro de treinamento. Na última segunda-feira, três atletas dos juniores, incluindo Luan, foram abordados por dois homens, um deles armado. O ocorrido volta a expor a falta de segurança do local. "Estava voltando do shopping com dois colegas. Fui tirar dinheiro. Quando estávamos próximos do quarto, uns 20 metros, dois rapazes, um armado e outro sem arma, nos abordaram e levaram o meu relógio e os R$ 300 que eu havia sacado. Apontaram a arma na minha cara, disseram que iam me matar. O dedo do assaltante estava tremendo no gatilho. E se ele puxa aquilo? Nunca passei por nada parecido", contou Luan ao site Lance!Net. O jogador está em Fortaleza e deixou a situação nas mãos de seu empresário. Luan relata que os todos os atletas da base correm risco constante no local. "O muro do CT é muito baixo, tem buracos na proteção, e é rodeado por favelas. Eles entraram e saíram andando e levaram tudo. Não tenho condições de jogar lá.Estou em casa e minha mãe não quer mais que eu jogue bola. Peguei um trauma com a situação. Nos três anos em que estive lá ocorreram situações parecidas. Outros jogadores também foram roubados. A gente conversou com o pessoal do clube, e não fizeram nada para mudar isso". Em setembro, a sala de imprensa do Bahia foi invadida por assaltantes, que levaram o sistema de som e uma câmera fotográfica do setor de comunicação do clube. Em outubro de 2012, dois homens armados entraram no Fazendão na hora do almoço dos seguranças, renderam dois jogadores e roubaram tudo, deixando os atletas apenas de cueca. O CT comporta cerca de 100 jovens de categorias diferentes. Defesa - Atual responsável pelas categorias de base do clube, Miguel Kertzman se defende. "Há inconsistência no relato (de Luan). O caso está sob investigação policial. Dos três atletas envolvidos, apenas Luan deixou o clube. Não importa o tamanho do muro. As pessoas pulavam até o Muro de Berlim. Existe gente mal intencionada em todos os lugares", respondeu ao Lance!Net. A segurança do Fazendão é terceirizada. Leia mais sobre o Bahia

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