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Novo comando: Charles promete reforço e fala sobre jogadores

Efetivado no comando do Bahia, Charles terá oito rodadas para levar o clube à primeira divisão

• 08/10/2015 às 13:53 • Atualizada em 01/09/2022 às 3:28 - há XX semanas

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O primeiro dia de Charles Fabian como treinador do Bahia foi movimentado. Logo pela manhã, o ídolo da torcida tricolor foi apresentado para a imprensa e concedeu entrevista coletiva. Antes do bate-papo, Charles conversou com os atletas, que ficaram apenas na academia. Logo depois foi a hora da sabatina. Acompanhado do diretor de futebol, Alexandre Faria, o novo comandante tricolor falou sobre a relação com Sérgio Soares, com os jogadores, polêmicas com alguns atletas, formas de jogar e filosofia.
Essa será a terceira passagem de Charles no comando do time. A primeira aconteceu em 2006, de forma interina. A segunda foi no ano passado, quando tentou salvar o time do rebaixamento para a Série B. Agora, ele promete um time que jogue com intensidade e espera comemorar o acesso no fim do campeonato. Confira os principais pontos da entrevista do treinador:
Situação técnica e pressão da torcidaQuando se fala em mudanças em um comando técnico, ou qualquer setor, você espera que alguma coisa mude. Se vai mudar escalação, atitude dos atletas, parte do sistema tático, alguma coisa tem que mudar. Eu peso dessa forma. O Sérgio (Soares) trabalha de uma forma e eu de outra. A filosofia é a mesma, a postura a mesma, mas o pensamento é diferente. Ele pensa de uma forma eu de outra, (Vagner) Mancini de outra, (Wanderlei) Luxemburgo de outra. Futebol é assim, tem 200 mil pessoas pensando diferente. Quando se muda o treinador, se muda algumas situações. Eu gosto que a equipe jogue de forma intensa, com muita entrega. Esquemas vão ser analisados, mas temos muito tempo, dez dias para analisar o time, o adversário. Mas tenha certeza de que vai ser mudado, vai ser uma equipe diferente.
Relação com jogadores Não conversei nem vou conversar porque não tenho problemas com ninguém. Eu tenho que viver o presente, quem vive de passado é museu. Eu vivo o presente e o presente é o Bahia, o amanhã como treinador, e eu tenho que pensar em trabalhar para colocar o Bahia no lugar de onde ele nunca deveria ter saído, que é a primeira divisão. No que depender de mim eu vou trabalhar muito para isso. Eu provo a vocês a mostrarem alguma matéria minha falando em nome de jogador. Se tiver pode mostrar. Vocês estão deduzindo, trabalhando com dedução. Eu não citei nomes de ninguém, eu não tenho problema. Estamos eu um momento que de oito jogos temos quatro na Fonte Nova, ao lado do torcedor. De todas as vezes que eu assumi o Bahia essa é a que eu estou me sentindo mais prestigiado, porque tenho a oportunidade fazer história. Temos 48 pontos junto com o quarto colocado. Temos que colocar o trabalho em prática e buscar o resultado, esquecer tudo que aconteceu. Temos que pensar o dia a dia. Pensar no Oeste, depois no Criciúma, Botafogo. Assim funciona o futebol. Não ficar pensando em coisas que aconteceram lá atrás.

Acompanhado por Alexandre Faria, Charles falou pela primeira como treinador do Bahia (Foto: Divulgação/ECBahia)

Apoio da torcidaSe pegar o torcedor mais fanático do Bahia hoje, ele não é mais fanático que o presidente Marcelo Sant'Ana, dificilmente ele vai ser mais do que eu. O que ele quer, o presidente quer, eu quero. É subir o Bahia, colocar o Bahia na primeira divisão. O trabalho que está sendo feito aqui, com certeza no dia 28 de novembro nós vamos estar comemorando. Mas com o apoio do torcedor, que tenho certeza que vai voltar á fonte nova, vai nos ajudar a colocar o Bahia na primeira divisão.
Conceitos Meus conceitos de futebol continuam os mesmos. As ideias de condução de grupo, forma de jogar, continuam os mesmo, é a forma como eu penso o futebol. O contato com os atletas é bom, eu tenho o convívio diário com eles. Eu só vou mudar de posição, de auxiliar para treinador. Eles convivem com a gente aqui mais do que com a família. São garotos que estão aqui há dois anos e meio. O futebol é gostosos porque você estreita as relações em pouco tempo. É uma relação prazerosa, muito boa.
Mudanças Não estou aqui para analisar o trabalho de Sérgio (Soares). Sei que ele é um cara extremamente competente, mas cada profissional tem uma forma de trabalha, e tem que ser respeitada. Quem trabalha no futebol tem que estar preparado. Quando o convite foi feito eu poderia ter ficado aqui como auxiliar, seria cômodo, mas eu me senti na obrigação. O clube acredita em mim, a torcida tem 88% de aprovação, porque eu não vou assumir essa responsabilidade? Eu tenho que assumir, esquecer o que aconteceu. Essa é a oportunidade da minha vida para seguir a carreira como treinador, e tenha certeza de que eu vou dar tudo. Ainda mais no time do meu coração.
Preparação e filosofia Existe algumas coisas no Brasil de que as vezes o treinador faz o trabalho repetitivo e até os jogadores falam 'pô, o treinador faz esse mesmo trabalho todo dia'. Eu fiquei lá (Alemanha) por 15 dias e todos os dias eram os mesmo treinos. Tinha um ou outro diferenciado, mas como o mesmo objetivo. O futebol pra mim se chama repetição. Bater na mesma tecla, colocar na cabeça do atleta. Eu acredito na repetição, e isso eu vi lá. Fazer o mesmo trabalho, isso o brasileiro critica, mas futebol não tem mistério. É implantar sua filosofia e fazer. Você precisa ser um bom vendedor para que os jogadores comprem sua ideia.
Jogadores da base Independente de idade, o cara tem que ter potencial. Se tem 17, 30, 40 anos, ele tem que jogar. Dentro do sistema as vezes tem jogadores que se encaixam melhor do que outros. Primeiro se define um sistema, depois os jogadores que se encaixam nesse sistema. Claro que diante do elenco que você tem na mão. Mas isso indiferente se tem 17 ou 40 anos. Eu tenho dois anos e meio aqui no Bahia. Esses garotos que estão no profissional todos eu conheço, sei o que podem render. Os que estão chegando as vezes você conhecem, mas não sabe o que estão passando, mas podem render. Por isso, no futebol, é importante você ter essa mescla. Eu duvido que no futebol brasileiro tenha um time que os atletas da base tiveram essa oportunidade. Isso é inédito. É muita coragem da diretoria, do treinador. O futuro do Bahia é a base.
Futuro Nada na vida você pode dizer que seja definitivo, mas a minha vontade é seguir como treinador. Posso ficar como auxiliar, mas são momentos da vida que passam. Eu tenho um prazer imenso de sair da minha casa e estar aqui trabalhando. É uma oportunidade que me foi dada, me preparei para isso e espero poder continuar, seguir minha carreira, mas jamais posso falar que é um caminho sem volta. As coisas no caminho é que vão dizer. Se não for agora, em algum momento vai ser, vou seguir minha carreira como treinador. Esses 88% da torcida, você não sabe como é o peso nas minhas costas, mas em momento nenhum pensei em falar não.
Correio24horas

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