O peso do estadual - por Marcelo Sant'Ana

Vágner Benazzi tem 75% de aproveitamento de pontos no Bahia. Antonio Lopes, antes de pegar o Serrano, tinha 72,2% este ano no Vitória. Caso tenha vencido a nona seguida, chegou a 73,7%. Neste ponto de vista, Benazzi é melhor. Dizem que matemática é ciência exata, que os números são frios... Mas tenho certeza que muitos torcedores se irritaram com a comparação entre os técnicos a partir desta conta.

O futebol é um negócio curioso. Pela ordem, de modo geral, a maioria dos torcedores quer ver o time ganhar, depois jogar bem. Mas quando o time vence e não agrada, as críticas se multiplicam. Especialmente se os adversários não têm tradição ou jogadores de nome. Lopes não conseguiu evitar o rebaixamento do Vitória, fazendo 11 pontos em dez jogos - só dois triunfos. Tampouco passou da 1ª fase da Copa do Brasil, caindo para o Botafogo-PB - não ganhou nenhuma. Mas o Vitória de Lopes sobra no estadual, especialmente depois que encaixou o trio Nikão, Elkeson e Geovanni. Quem diz que estadual não vale nada?

A pressão sobre Benazzi, além do fraco futebol do Bahia, é pelo histórico do clube nos últimos anos, sem ganhar nada desde 2002. A sequência sem sucesso faz o torcedor desconfiar ainda mais de cada erro. A auto-estima está em baixa.

O retorno à elite, impulsionado pelo rebaixamento do Vitória, foi período de exceção. Os tricolores tinham certeza do título estadual. Mas o Bahia largou mal, o Vitória engrenou... Lopes está tranquilo pela fé no inédito penta. Benazzi balança, e muito, pelo jejum. Até o Brasileiro, estadual vale muito.

Tecnologia - Depois das redes sociais, com perfis no twitter e facebook, o Bahia investirá em novas plataformas de acesso ao site oficial. Até o início do Brasileiro, em maio, o torcedor terá uma versão geral para aparelhos celulares e outras específicas para as plataformas iphone e Android.

Base I - Na quarta-feira, o Bahia fará café da manhã para apresentar a empresários e potenciais parceiros o projeto Novos Talentos. Aprovado no início do ano, o projeto, via Lei de Incentivo ao Esporte (Lei federal nº 11.438), propõe o investimento na divisão de base e no Fazendão através de descontos no imposto de renda.

Base II - O limite de desconto no imposto de renda para o Novos Talentos é 6% para pessoa física e 1% para jurídica. O valor global aprovado pelo Bahia junto ao Ministério do Esporte é de R$ 2.128.659,96.

Resistência - O Vitória tem tido propostas e sondagens para anúncios no calção. Todas recusadas. Hoje, a ideia é valorizar as propriedades e cobrar valor superior a 2010.

Marcelo Sant´Ana é repórter especial do jornal Correio* e
escreve quinta e domingo. Coluna publicada na edição impressa do dia 10
de abril de 2011