O Barradão tem papel fundamental na formação do orgulho rubro-negro. Quando se fala em decisão de Campeonato Baiano, o estádio do Leão é determinante. A torcida anda “bem acostumada”.
Desde quando passou a utilizar o Manoel Barradas como seu mando de campo no estadual, o Vitória conquistou 13 dos 17 títulos disputados. De 1995 pra cá, foram 23 triunfos em Ba-Vis no estádio contra dez do rival e nove empates. Números para deixar qualquer torcedor do Leão otimista. Na casa do comerciante Luiz Alberto Lima de Souza, 51 anos, a confiança é tamanho família. A esposa Mônica, a filha Lívia e os genros Alan e Jonathan, todos cofiantes em uma vitória e outro título. Menos a outra filha, Luiza, que é Bahia por influência dos tios. “Pois é”, lamenta Luiz Alberto. A família se reúne sempre para ir aos estádios. Todos, menos Luiza que é Bahia, têm o Sou Mais Vitória, programa de sócio-torcedor do clube, e até viajam para cidades próximas para acompanhar o time. “Minhas melhores lembranças são dentro do Barradão”, garante Luiz Alberto, que aposta num 3x1 hoje, com dois de Neto Baiano e um de Tartá. Ele lembra do tempo em que o Leão disputava títulos na Fonte Nova, numa época em que a hegemonia estadual era do Bahia. “Depois de um tempo indo, parei de ir, desiludido, apesar de gostar muito de lá porque a festa era mais bonita com a torcida mista”, relembra o comerciante, apaixonado pelo clássico. Já a filha Lívia, com 22 anos, é do tempo em que a casa do Vitória é seu estádio particular. “Não conheci a Fonte Nova. Nem sei como era. Só passei a ir pra jogos de uns cinco anos pra cá”, revela. Ser rubro-negro, por sinal, era uma condição pro marido, Alan, também de 22 anos, pai da futura filha do casal. Namoraria um tricolor, Lívia? “Não! Você é doido? Não tem como!”, garante a estudante, que também aposta num 3x1 hoje. O estudante Alan nem era desses torcedores mais fanáticos, mas a paixão da então namorada o fez ser presença certa no Barradão. O placar? “Vai ser 3x0. Acho que o time vai melhorar com a volta de Gabriel e com Tartá jogando bem”, arrisca. Para a matriarca Mônica, no Ba-Vi desta tarde, o triunfo deixará o rival pressionado. “Quem está devendo à torcida é o Bahia. Vamos ganhar e eles que vão ficar com o problema. Aí vamos ganhar lá em Pituaçu também”, diz para aplausos de todos, menos Luiza, que é Bahia. A tricolor nem liga do namorado Jonathan, de 22 anos, ser rubro-negro e não tem problema de se separar no estádio. “Deixo eles sofrerem pra lá. Vai ser 4x1 pro Bahia”, ri. Já Jonathan, acostumado a ir apenas às decisões de campeonato, encontrou na família de Luiza os companheiros ideais para estádio, tanto que também fez seu o Sou Mais Vitória. “Acho que Gabriel fez muita falta. Mas vai ser 3x1 hoje”, diz confiante. Assim como na casa de Luiz Alberto, a torcida do Leão vai ser maioria hoje no Barradão, um local acostumado a ser palco de conquistas rubro-negras. Com um triunfo do Vitória e o título no próximo domingo, a festa está garantida na residência. “Todo mundo vai comemorar aqui” diz Jonathan. Menos Luiza, que é Bahia.
Luiza é a ‘ovelha tricolor’ da família. Jonathan mostra: 10 anos sem título |
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