Para Júnior, "bronca" de Joel é um dos fatores da reação no Brasileiro

Júnior marcou dois gols no triunfo sobre o Avaí por 3 a 2

"Se o Brasileiro terminasse hoje...". Quem já não ouviu a frase nas mesas de um boteco? Pois se o Brasileiro tivesse somente o segundo turno, o Bahia estaria na briga pela Libertadores. O problema é o "se"... O abismo que separa o desempenho do time nos dois turnos é o que deixa o Bahia tão distante da competição internacional. Tão distante que nem o técnico Joel Santana acredita nessa vaguinha no G-4. "Quero chegar aos 45 pontos e escapar do rebaixamento", já havia avisado em entrevista. Dava até pra sonhar com um Bahia x Peñarol em 2012, mas os 20 pontos das primeiras 19 rodadas não ajudam. No returno são 13 somados em oito jogos. O aproveitamento subiu de 35% para 54%. A quinta melhor campanha entre os 20 clubes da Série A nos jogos de volta: quatro vitórias, um empate e três derrotas. Como Vasco e Santos, terceiro e quarto colocados, já estão na Libertadores, o Bahia estaria no bolo. Mas, por que tamanha mudança se o grupo é o mesmo? "Os jogadores abraçaram o professor Joel. Estamos comendo a bronca dele. Estamos fechados. Não adianta jogar bonito e perder. Nossa equipe está mostrando raça", explica Júnior, autor de dois gols no triunfo diante do Avaí. Dá mesmo pra botar boa parte da evolução na conta do Papai Joel. Com ele, o Bahia não empata: três vitórias, três derrotas e 50% dos pontos computados na tabela. Mas para o Anjo Tricoloiro, o fator sorte também pode ser incluído na estatística. "Antigamente os goleiros faziam aquelas defesas milagrosas ou a bola batia na trave. Agora, ao menos pra mim, o gol está do tamanho certo, com sete metros", brincou ele, que marcou três dos seus cinco gols nos últimos três jogos. Calma - Apesar disso, Lulinha, herói no duelo contra o Avaí, faz questão de frisar que o objetivo principal é escapar da queda. "Primeiro, vamos buscar os 45 pontos. Joel colocou essa meta pra gente. Depois a gente pensa". O meia-atacante, candidato a uma vaga de titular ao lado de Júnior no sábado, às 18h, contra o Botafogo, em São Januário, acrescenta. "Quando a gente viu que as coisas estavam complicando, entramos com mais vontade. Deveríamos ter feito isso desde o início. Agora é manter o ritmo".