Para subir, Leão precisa resolver problema da bola pelo alto

Problemas de marcação na bola aérea são notáveis até nos treinos

Cadê a vontade de subir? Pelo menos, quando o assunto é bola aérea, a marcação rubro-negro mostra estar muito verde pra passar a segurança que um time precisa pra chegar à primeira divisão. Dos 17 jogos até aqui na Série B, em oito deles o Vitória tomou gol de cruzamento. Pra piorar, o Vitória perdeu seis desses oito jogos. Exemplo bem fresco é o de terça-feira, quando o Leão levou 2x1 do Criciúma, no interior catarinense. O primeiro dos dois gols de Zé Carlos aconteceu após uma cobrança de escanteio, onde a marcação estava toda perdida. Ao fim do jogo, o técnico Vagner Benazzi desabafou. "Ainda não fiz um treinamento que me deixasse satisfeito. Com os jogos, viagens, as coisas estão muito na mão da preparação física. Temos que melhorar essa bola aérea", disse ele, que em três partidas no comando rubro-negro, ganhou duas e perdeu uma. O fato merece preocupação mesmo. Somadas, as bobeiras aéreas representam mais de um terço dos gols sofridos pelo Leão: oito de 22 (36%). Tropeço - Só pra ter uma noção do estrago que esses vacilos fazem no Vitória, 10º colocado com 23 pontos, foram três derrotas de 1x0 com gols de cabeça dos adversários: Guarani e Boa no Barradão e Barueri em São Paulo. Em outras três derrotas, já contando com a escorregada diante do Criciúma, moles do gênero só ajudaram no placar. Anota aí: goleada de 4x1 para o Goiás (o gol de empate goiano foi de cabeça) e o tropeço em casa pra Portuguesa, por 2x0. E nem dá pra dizer que a deficiência é quando a bola é alçada por um lado só. Dois oito gols, quatro foram de bolas cruzadas pela direita da zaga e outras quatro do lado esquerdo. Contra o São Caetano, sábado, fica o alerta.