Após duas semanas, a intervenção do Bahia apresenta novidades a cada dia. Enquanto Carlos Rátis organiza o clube para convocar Assembleia Geral e realizar novas eleições presidenciais, os cartolas destituídos procuram a Justiça para reverter a situação. O ex-presidente Marcelo Guimarães Filho voltou a entrar com uma petição no Tribunal de Justiça da Bahia pedindo a suspeição do juiz Paulo Albiani, que determinou a intervenção no clube.
Marcelo Filho alega que o juiz tem sido parcial e usa o pedido de auditoria feito por Albiani no clube como argumento para hipótese de que a imparcialidade do magistrado estaria comprometida. O ex-presidente tricolor já havia solicitado a suspeição do juiz antes mesmo da intervenção, mas a desembargadora Lisbete Teixeira negou o pedido.
Kakay retado - Antes da nova petição, Albiani também exigiu do interventor Carlos Rátis a demissão ou justificação de contratação do advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. Contratado pelo Bahia antes da intervenção, ele se posiciona contrário ao processo e nega estar trabalhando para Marcelo Filho. Em entrevista à rádio Itapoan FM, ele cutucou o juiz Paulo Albiani.
"Ele pede que em 24 horas o interventor justifique a nossa contratação ou nos demita. O doutor Rátis é uma pessoa séria e sabe que somos advogados do Bahia. Eu duvido que ele amanhã diga que não somos advogados do Bahia, porque desde o primeiro segundo ele sabe que somos. O doutor Albiani deve estar preocupado com minha atuação, mas ele tem que se preocupar com o judiciário. O que está parecendo é que o doutor Paulo Albiani é o interventor de fato. Ele é atrevido, é inacreditável isso, não tem lógica", disse.
Ruy Aciolly "magoado" - Destituído da presidência do Conselho Deliberativo do clube, Ruy Aciolly se sente lesado com a intervenção. Ele e mais 13 ex-conselheiros entraram com um agravo de instrumento na Justiça para rever a situação. Também em entrevista à rádio Itapoan FM, ele explicou a ação. "Não entramos para barrar a intervenção, não temos força para isso. O que queremos é voltar às nossas funções. Nos sentimos humilhados e enxotados. Vamos tomar todas a providências possíveis, essa foi apenas uma delas", falou. "Estou muito magoado, pois não cometi nenhuma irregularidade".
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