Quando alguém perde uma pessoa importante como um pai, tem duas opções: seguir em frente ou baixar a cabeça. Pedro Ken escolheu seguir.
O meia, que em maio deste ano titubeou ao receber o convite para defender o Vitória para não ficar longe do pai, que estava internado com câncer em Curitiba, cedeu e decidiu vestir a camisa vermelha e preta justamente a pedido de seu Cristiano, que o fez prometer que lutaria até o fim para levar o Leão de volta à primeira divisão, como fez em 2012.
Pedido de pai não se nega. Mesmo com a dor da perda após a morte do pai no dia 26 de outubro, Ken pediu para entrar em campo e ajudar o Vitória no jogo contra o Náutico, quando o Leão perdeu por 3x2, no Barradão, sábado.
Leão não vence há três rodadas e vê o Botafogo abrir distância na liderança (Foto: Mauro Akin Nassor/Correio) |
O resultado não agradou, mas não foi por falta de garra do meia. Durante a partida, Pedro Ken se machucou em um lance em que caiu e entortou o braço direito. Mas seguiu em campo. “Foi uma dor imensa. Me assustei, senti o braço entortando, achei que tinha quebrado. Me contorci e voltei com muita dor, mas era um momento de ir para o sacrifício”, lembra ele, que passará por uma radiografia, mas não preocupa para o jogo de sábado, contra o Macaé, no interior do Rio.
Com ou sem dor física ou emocional, ele está pronto para a reta final da Série B e promete não desistir de lutar pelo título. “Para mim, é o momento de homenagear meu pai, uma questão pessoal. Vim para ajudar o Vitória e porque ele me pediu também. É um compromisso que tive com ele de subir e conquistar isso. Seria uma homenagem maravilhosa. Ele foi meu porto seguro, incentivador e esteve ao meu lado em todos os momentos. Ainda tem o sentimento de perda, de saudade”, revela.
Para homenagear o pai, Pedro Ken precisa contar com a ajuda dos companheiros. Sem vencer há três jogos e devendo um bom futebol, o Leão precisa retomar o caminho do triunfo. Com 57 pontos e na 3ª colocação, o rubro-negro ainda disputa mais cinco jogos na Série B e tem 77% de chance de acesso, segundo o departamento de Matemática da UFMG.
Enfrenta Macaé, América-MG e Santa Cruz fora de casa e Ceará e Luverdense em Salvador. Com duas vitórias e um empate, a chance de honrar a memória de seu Cristiano será de 98%.
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