A Polícia Federal irá instaurar inquérito para investigar os brasileiros envolvidos no escândalo de corrupção na Fifa, entre eles, o ex-presidente da CBF José Maria Marin, um dos sete presos pelo FBI e pela polícia suíça numa operação ocorrida na quarta-feira, em Zurique, na Suíça. A abertura do inquérito foi um pedido do Ministério da Justiça e contará com o apoio do Ministério Público Federal. As investigações preliminares já mostraram o crime de evasão de divisas e lavagem de dinheiro por parte dos acusados.
“A orientação do Ministério da Justiça é que as investigações sejam feitas com seriedade. Vamos buscar coletar todas as provas e situações para averiguar se há ocorrência de crimes”, afirmou o ministro José Eduardo Cardozo, ontem, em Brasília. Alguns dos documentos apreendidos na sede da Klefer, empresa que detém os direitos da Copa do Brasil, só poderão ser usados a partir de um acordo com o FBI, já que a operação foi solicitada pelos Estados Unidos. Ontem, a CBF informou que, espontaneamente, entregou ao Ministério Público Federal no Rio de Janeiro os contratos investigados pelo FBI: o acordo com a Nike para fornecimento de material esportivo e patrocínio e com as empresas de marketing esportivo Traffic e Klefer para comercialização dos direitos da Copa do Brasil até 2022. Em Brasília, a CPI do Futebol está pronta para ser instalada. O ex-jogador e senador Romário (PSB-RJ) celebrou. “Marin está preso e este é o momento oportuno para fazermos uma verdadeira devassa na CBF, a ‘Casa Bandida do Futebol’. Ainda temos de tirar outro câncer do futebol, o atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero”. A CPI aguarda a indicação dos representantes pelos partidos. Romário, que agilizou a assinatura de 53 senadores para a comissão, deverá ser o relator. Sem nome A CBF tirou o nome do ex-presidente da entidade, José Maria Marin, da fachada da sede da confederação, no Rio. Na tarde de ontem, o presidente Marco Polo Del Nero, suspeito de também fazer parte do esquema de corrupção, deixou o congresso da Fifa, na Suíça, e deve voltar ao Brasil. Assim, o voto brasileiro na eleição da Fifa ficará a cargo do presidente da federação do Ceará, Mauro Carmélio, que já declarou voto no atual presidente Joseph Blatter, pleiteante ao quinto mandato consecutivo.
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