"Quem acredita sempre alcança". O trecho da canção Mais Uma Vez, da Legião Urbana, é um reflexo da vida de Vágner Benazzi, novo técnico tricolor. No seu 22º ano de carreira, o paulista de Osasco, com 35 times na trajetória, terá pela primeira vez, aos 56 anos, um time campeão brasileiro em seu currículo. Na verdade, bi.
O anúncio oficial, no meio da tarde de ontem, veio como um chute do meio-campo, na maior surpresa. Quem recebeu a efetivação do auxiliar Chiquinho de Assis na última sexta-feira com espanto, ficou pasmo com a contratação de Benazzi, recém-demitido do Avaí, fora até da segunda fase do Catarinense.
Ele tem chegada prevista em Salvador para sábado (19). No domingo, assiste ao BaVi. “Preciso transformar aquilo que está perdido em alegria e tomar uma vaguinha entre os quatro”, disse Benazzi à rádio Metrópole FM, na noite de quinta, sobre a retomada das vitórias e a classificação pra segunda fase do Baiano.
Por fora - O novo técnico do Bahia acredita saber exatamente os motivos da sonolência tricolor no estadual: "Série A é diferente de Série B, que é diferente de regional. No Avaí, quando descobri que tínhamos que jogar o regional, ficamos invictos. Isso me deixou em alerta". No time catarinense, Benazzi perdeu os quatro primeiros jogos do estadual e, nos últimos cinco, ganhou três e empatou dois.
Na sinceridade, Benazzi disse estar por fora do time tricolor. Mesmo assim, conhece alguns jogadores, como Nen, que ele mesmo lançou no Gama, no acesso à Série A em 1998, e Tiago, seu goleiro titular na Portuguesa, em 2007, que passa por péssima fase no Bahia.
"A minha sorte é ter o conhecimento de alguns jogadores. Eu sou um treinador boleirão. Se eu olhar na cara do jogador e ele não tiver a cara da reação, não segue comigo", disse com a convicção de que pode recuperar a bola tricolor em 2011.
Matéria publicada na edição impressa do jornal Correio* do dia 18 de fevereiro de 2011
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