Anderson tem dificuldade na hora de dar banho |
Casado com Agatha e pai da pequena Cristal,de apenas sete meses, o jogador demonstra ter bastante experiência, ao menos no discurso. “Filho é um presente de Deus. Sempre sonhei em ser pai, pois o amadurecimento é um pouco mais rápido. Aprendo com minha filha”, comenta, orgulhoso.
Natural de Maceió, Anderson rodou por diversos clubes do Brasil antes de chegar ao Bahia, em 2009. CRB, CSA e América-MG estão no currículo, mas os primeiros passos no mundo da bola aconteceram de uma forma, no mínimo, curiosa.
“Joguei num time de um coronel lá em Maceió. A mãe dele me viu na escolinha de futebol que eu fazia. Ela gostava muito de mim, de me ver jogar. Foi aí que tudo começou. Depois daquela experiência o futebol virou coisa séria mesmo”, lembra o jogador, aos risos.
Em campo, apesar de já ter atuado como meia ofensivo, a posição atual é de segundo volante. Cheio de personalidade, Anderson Mello se apresenta ao torcedor com estilo, sem medo das cobranças futuras. “Não sou um camisa 10 tradicional, mas a bola tem que passar pelo meu pé. Faço o time andar. Não sou um volante morto, que se esconde do jogo”, afirma, convicto.
Anderson se destacou pela primeira vez na campanha do vice-campeonato do Bahia na Copa São Paulo de Futebol Júnior, em 2011. Ele nem estava relacionado para competição, mas ganhou uma vaguinha na sorte. “Teve um problema de documentação com três jogadores e fui chamado. Acabei virando titular. Ali a base do Bahia despertou de vez. Todos passaram a olhar com mais carinho pra garotada”.
O ‘pulo’ para o profissional aconteceu de forma inesperada. As boas atuações na Copa do Brasil sub-20, competição na qual o Esquadrãozinho foi semifinalista no ano passado, serviram de impulso. A notícia veio antes mesmo do empate em 1x1 contra o Atlético Mineiro, em Pituaçu.
“Era pra gente saber só depois do jogo, mas encontrei Fahel por acaso no Fazendão e ele me contou. Fiquei surpreso na hora e ele me falou: ‘Você não sabe? Sério? Então finja que eu não te contei nada’. Fahel é um cara muito gente boa”. Depois da partida, mesmo com a eliminação do torneio, a promoção foi noticiada por Newton Mota, coordenador das categorias de base.
FÉRIAS? Apesar do seu jeito centrado, Anderson admite ter um pouquinho de ansiedade para treinar com a equipe principal. Por lá, espera bater um papo comum dos seus ídolos: o pentacampeão mundial Kléberson. “Outro dia desses eu via o cara jogar pela Seleção Brasileira e agora estarei ao lado dele. Vou procurar escutar e aprender muita coisa”, conta. Em 2002, ano da conquista do penta, Anderson tinha apenas oito anos de idade.
Para chegar ao time profissional em alto nível, o menino de 1,73m e 65kg fez um trabalho de fortalecimento muscular no Fazendão. Abdicou de parte das férias para ir ao clube. E espera ser recompensado num futuro próximo.
“Vou chegar na humildade e fazer o meu trabalho com seriedade. Mas espero fazer a minha estreia o quanto antes. Meu objetivo é sempre estar nos planos do treinador para as competições. Eu não quero mais voltar pra base. Essa é a minha hora e só depende de mim”. O recado foi dado. Leia mais notícias do Bahia
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