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Torcida única em clássicos é discutida em outros estados |
A discussão acontece em São Paulo, Rio, Ceará, Pernambuco. Em Minas, o último clássico com a presença das torcidas de Atlético e Cruzeiro foi no dia 20 de fevereiro de 2010. Exemplo importado da Argentina, onde desde 2007 jogos da segunda e terceira divisões - e algumas partidas entre Boca Juniors e RiverPlate - têm torcida única. Na Europa, é torcida mista. A questão chegou por aqui e já alimenta polêmica. Às 15h dessa terça-feira (3), Ministério Público, Polícia Militar, Federação Baiana de Futebol, torcidas organizadas e representantes dos clubes se reúnem na sede do MP para decidir se a medida será adotada na Bahia. A ideia é a seguinte: Ba-Vi em Pituaçu, só torcedor do Bahia; clássico no Barradão, só torcida do Vitória. À frente da discussão proposta pelo Ministério Público Estadual, o promotor Adalvo Dourado prefere aguardar a reunião para se pronunciar sobre o assunto. Mas a assessoria do MP garante que as opiniões dos presentes serão levadas em conta e se buscará um consenso. Na reunião da quinta-feira passada, não houve acordo entre as partes. A discussão ressurgiu após incidente no Ba-Vi do dia 18 de março, quando integrantes da Bamor apedrejaram um ônibus com membros da organizada Os Imbatíveis na avenida São Rafael, um dos acessos ao Barradão. A torcida tricolor foi punida com multa de R$ 2 mil e suspensão de duas partidas.
Polêmica - Há muito o que se discutir. Em novembro do ano passado, a Câmara Federal rejeitou pedido de mudança no Estatuto do Torcedor que pretendia adotar torcida única em competições esportivas. Assim, a medida fere lei federal. Além disso, decretaria-se o fim de uma rivalidade saudável, característica das torcidas baianas. Pune-se o torcedor. O clássico está armado. Bahia e Bamor são favoráveis; Vitória e Os Imbatíveis, contra. A pouco mais de dois anos da Copa, a dúvida é se conseguiremos garantir a segurança em 2014. Ou precisaremos adotar medidas extremas.