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Quem é Jacó? Atacante chamou a atenção do ídolo Nonato

Ídolo histórico do Bahia, Nonato ligou para um funcionário do clube e perguntou quem é o centroavante que garantiu a vitória

• 09/07/2015 às 11:02 • Atualizada em 30/08/2022 às 3:02 - há XX semanas

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Diante da televisão, Nonato resolveu fazer um interurbano. “Quem é Jacó?”, perguntou por telefone a um funcionário do Bahia ainda durante o segundo tempo do jogo contra o Paysandu, na noite de terça-feira. O sétimo maior artilheiro da história do clube, com 125 gols, estava impressionado com o futebol do novo centroavante tricolor.
Prazer em conhecer, torcedor. Jacó é o da direita, sentado ao lado do também atacante Mário (Foto: Jessica Santana/Divulgação)
“Gostei muito dele e ainda não tinha ouvido falar sobre ele. É um jogador grande, com faro de gol, presença de área e brigador. Não tem bola perdida pra ele”, elogia Nonato. “E mostrou personalidade, porque não é fácil vestir a camisa do Bahia, ainda mais após um resultado adverso contra o rival”, pontua o centroavante, 36 anos. No sábado passado, o Bahia foi goleado pelo Vitória por 4x1, no Barradão. Jacó entrou no intervalo, mas passou em branco.Ontem, o jogador de 19 anos comemorou ao saber das palavras do veterano artilheiro. “Nunca vi ele jogar, mas já ouvi falar sobre ele. É gratificante porque pretendo ser um ídolo aqui como ele também foi”. Contratado pelo Treze-PB para a Série D, que começa domingo, Nonato estava na casa onde mora, em Campina Grande, assistindo ao triunfo na Fonte Nova e ao retorno ao G-4. O placar de 2x0 foi garantido por Jacó, aos 42 minutos do 1º tempo e aos 2 do 2º. “Já estava na hora do Bahia dar oportunidade para os garotos da base, principalmente lá na frente. Kieza começou bem, mas machucou. Léo Gamalho teve sequência, mas não foi bem. Espero que Sérgio Soares deixe um pouco Léo Gamalho no banco e dê sequência pro menino. Futebol é momento”, opina Nonato. E não é que o ídolo encontrou semelhanças no estilo de jogo dele com o de Jacó? “O faro de gol e a presença de área são os mesmos. Acho que a única diferença que a gente tem é que eu procuro sair mais do zagueiro e ele gosta mais do contato. Eu sempre fui um cara que procurei sair mais do zagueiro e ele gosta mais de usar o corpo”.
Jacó marca primeiro gol como profissional, contra o Paysandu (Foto: Arisson Marinho)
Assim como Jacó, Nonato foi formado no Fazendão. Ele subiu para o profissional em 1998 e conquistou a nação tricolor no início dos anos 2000. Último atacante revelado pelo Bahia a se tornar ídolo do clube, Nonato torce pelo surgimento de uma nova referência vinda das divisões de base. “Tem que contratar, claro, mas é legal ser o pessoal formado no clube. Eu torço muito para os garotos se tornarem ídolos”.
Debutante Os dois gols diante do Paysandu foram os dois primeiros de Jacó como jogador profissional. “Estou muito feliz porque sempre sonhei em fazer gol e ir pra torcida. Esse é o meu momento”, vibrou o jogador, que toma medicação diariamente para evitar uma nova trombose, doença caracterizada pela formação de coágulo sanguíneo em uma veia, que ele teve no ano passado. Nascido em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, Jacó chegou ao Fazendão com 14 anos. Foi lançado no time profissional pelo auxiliar técnico Charles Fabian, na última rodada da Série A do ano passado, quando entrou em campo nos 10 minutos finais da derrota por 3x2 para o Coritiba, no Couto Pereira. A partida contra o Paysandu foi apenas a quarta, segunda como titular. Barrou Léo Gamalho, que ficou no banco e dele não saiu. “Não quero tirar o espaço de ninguém, mas vou buscar o meu sempre”, avisou Carlos Alberto Guimarães Filho. Sim, este é o nome que Jacó carrega na carteira de identidade. O apelido foi herdado do pai e inventado pelo bisavô, que gostava de nomes bíblicos. “Quando eu nasci, meu pai me levou pra meu bisavô me conhecer. Aí ele disse ‘seu apelido é Jacó, então ele vai ser Jacozinho’. Ficou até hoje”. Seu Ataíde determinou e é esse nome que o bisneto imagina ouvir na arquibancada. “Jacó é mais fácil de gravar. Se me chamar de Carlos Alberto, eu já nem olho”, conta. Nonato já escreveu o nome dele na história do Bahia. Agora, Jacó pede passagem.
Ao contrário de Sansão, Jacó ganhou força ao perder cabelos Sansão perdeu sua força sobre-humana ao ter os cabelos cortados por Dalila. Com o atacante Jacó aconteceu justamente o contrário do que conta a passagem bíblica. Ao menos é o que o atleta de 19 anos garante. Jacó tinha o maior xodó com o cabelo comprido que exibia desde criança, mas teve as madeixas cortadas pelos jogadores veteranos do elenco tricolor quando foi relacionado pelo técnico Sérgio Soares pela primeira vez, brincadeira adotada pelo grupo nesta temporada. “Nunca cortei, só aparava”, conta Jacó. Não gostou nem um pouco da ideia quando os companheiros passaram a máquina zero nele, mas já mudou de opinião. “Era muito cabelo e tinha vez que eu nem enxergava a bola. Tudo está mais fácil agora. Vou deixar assim. Está dando certo, né?”, diverte-se.
Correio24horas

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