É difícil não ver semelhanças entre a história de Bruno ‘Carioca’ Santos e Júnior ‘Cigano’ dos Santos. E não se trata só do sobrenome. Assim como o ex-campeão dos pesos pesados, Bruno descobriu-se como lutador de MMA na Bahia. Nascido em Macaé, no Rio,o atleta de 26 anos da academia Zé Mário Team, diferente de Cigano, praticava artes marciais, mas só começou a competir após conhecer o jiu-jitsu em aulas no prédio onde morava em Salvador, há quase dez anos. A paixão foi imediata.
Disputou campeonatos, mas a veia do MMA era forte. Tanto que até hoje ele não conhece derrota no esporte. Invicto, Bruno Carioca estreia nesta sexta-feira, a partir das 20h30, no UFC contra o polonês Krysztof Jotko, que possui o mesmo cartel dele: 13 lutas e 13 vitórias.Ocombate faz parte do UFC Fight Night: Hunt versus Pezão, na Austrália. “A comparação (com Cigano) vai ter, mas sou um atleta diferente. Ele também é disciplinado, forte, mas eu sou mais de chão e ele é de boxe. O que pode ser comparado de uma forma saudável, é ser um cara considerado baiano, lutando com vontade, querendo o cinturão. Isso pra mim só é bom”, afirma Bruno.Veja também Famoso pelos nocautes, Cigano admite erro e quer aprender Em depoimento, Anderson Silva afirma que voltará um lutador melhorA luta no chão é mesmo o forte do peso médio, até pela origem no jiu-jitsu. Ainda assim, das 13 vitórias, apenas uma foi por finalização. Bruno possui ainda um nocaute e 11 decisões dos jurados, todas por unanimidade. Num evento que preza também pelo entretenimento, Bruno sabe que agradar o público é bom, mas a preocupação dele é ter o braço levantado ao final dos três rounds. “Vou sempre treinar pra ganhar, não importa se as pessoas vão gostar. Mas é claro que eu quero agradar”.DEPRESSÃO Não tem segredo para vencer o polonês. Bruno quer manter o estilo que vem dando certo na carreira. “Treino pra jogar pra cima, pra bater. Vou tentar do meu jeito. Não pode é perder. As estratégias são sempre voltadas pro wrestling, pro jiu-jitsu e pra mão também”, diz, cerrando os punhos. A força que coloca no octógono, Bruno precisou ter para superar uma depressão. Há dois anos, ele assinou contrato com o Bellator, ganhou a primeira luta, mas descobriu uma lesão no ombro. Passou por cirurgia e acabou dispensado.A chance no UFC veio após treinos na academia Nova União, no Rio, com Dedé Pederneiras, mesmo técnico dos campeões José Aldo e Renan Barão. “Fiquei um mês treinando pra ganhar ritmo e Dedé apareceu”, conta. No Rio, lembra que era conhecido como ‘Salvador’, já que entre idas e vindas, mora na Bahia há quase 10 anos.“Eu me considero, como lutador, muito mais baiano do que carioca. Foi na Bahia que eu conquistei o que conquistei”, garante. “Pretendo chegar o mais longe possível pra provar a essas pessoas que elas apostaram certo“, revela.
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