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Volante também fala sobre relação turbulenta com diretoria |
Em dezembro, na mira do Corinthians. Janeiro quase foi para o Atlético-GO. E fevereiro passou treinando afastado na Toca do Leão. De volta ao convívio do grupo, o volante Neto Coruja comentou os 'desacertos' deste início de ano em entrevista ao jornal Correio*. Jogador elogia concorrentes da posição, mas acredita que pode voltar a fazer parte do time titular.
Porque não houve acerto com o Atlético-GO?
Conversei com os dirigentes de lá, acertamos valores de salários. Pedi um valor, eles não aceitaram. Pedi luvas (bônus pela contratação), os caras não concordaram. Mas como tava tendo o impasse do Vitória não me utilizar, acabei acertando um valor de salário. A única coisa que pedi foi uma cláusula no contrato estipulando meu passe e o Vitória não concordou.
O Vitória já chegou com contrato pronto pra você assinar?
Até onde eu sei é que ia ter uma troca entre Róbston e eu. E só foi isso. Foi muito rápido. Coisa de dois, três dias que o clube acertou com o Atlético. Até então não tinham passado nada pra mim que iria ter a troca. Só quando Róbston chegou no clube que Chumbinho me falou. No momento eu tinha concordado porque o presidente me falou que eu não seria utilizado, mas na hora de acertar o contrato, eu pedi uma cláusula, o Vitória não aceitou e hoje tô aqui.
Sente-se injustiçado?
Terminei o ano (2011) jogando muito bem... A torcida me deu os parabéns, a imprensa, que batia muito em mim, também. E eu virei o ano com uma expectativa muito boa, com foco em ter sequência. Falei com o presidente algumas vezes e ele só fala que são coisas do futebol, que tava acontecendo essa negociação com o Atlético e a decisão de me afastar foi dele. Eu sou funcionário do clube e tenho que acatar.
Chegou a falar com Cerezo?
O professor no dia que chegou veio conversar comigo. Que tinham passado uma situação pra ele, que eu tava sendo negociado e não ia ser utilizado. Disse pra mim que ele não tinha envolvimento no meu afastamento, que estava cumprindo ordens. Falou que queria contar comigo, mas como foi a diretoria que tomou a decisão, ele não podia fazer nada. Nos últimos dias, o presidente me chamou na sala e falou que era pra eu voltar a treinar e tô aí.
Você acha que tem condições de brigar por vaga nesse time?
Naquela posição o Vitória acertou, tem grandes jogadores. Mas eu acredito no meu potencial, sei do que sou capaz. Se o professor me utilizar e o clube achar que posso, vou mostrar meu valor.
Quer sair do Vitória?
Todo mundo acha que eu não tava treinando porque queria ir embora. Mas não foi nada disso. Se eu tivesse que falar a verdade, não tô feliz. Não tô jogando, tô parado. Mas ainda faltam dez meses do ano e tudo pode acontecer.
E se realmente não for utilizado, é bom buscar outros ares?
Nem tenho empresário mais. Eu sigo minha consciência. Quando tava tendo isso tudo, eu que estava na frente. Às vezes, nem é bom porque desgasta com a diretoria, pois eu sempre tava batendo na sala do presidente pra conversar. Isso também dificultou minha situação no clube.
Por que o acerto com o Corinthians não aconteceu?
Até onde eu sei não chegou num acerto de valores. O Corinthians fez uma proposta, o Vitória não aceitou, aí o Vitória fez uma contraproposta e o Corinthians não respondeu.