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Renato Cajá diz que não teve intenção de ironizar torcida

Na pior fase desde que chegou ao Vitória, o meia reconhece o fraco desempenho e fala de ruídos com a torcida rubro-negra

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26/09/2013 às 8:37 • Atualizada em 31/08/2022 às 22:27 - há XX semanas
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No dia 7 de abril, Renato Cajá entrou para a história do Ba-Vi com o primeiro gol da nova Fonte Nova. Eram pouco menos de três meses no clube e o camisa 10 já estava nas graças da torcida rubro- negra. De lá pra cá, passaram-se cinco meses e o momento do meia virou de cabeça pra baixo. Presente em 20 jogos no Brasileirão, Cajá deu apenas uma assistência - na vitória por 3x2 sobre o São Paulo, 14 de julho – e não marcou nenhum gol. Na pior fase desde que chegou ao Vitória, o meia reconhece o fraco desempenho.Manifesto contra calendário da CBF ganha mais jogadores e repercussão Veja expressões esquisitas de atletas da dupla BaVi durante jogos Ex-técnico rubro-negro é o mais cotado para assumir o Coxa
“É pouco. Eu sei disso. Sei que posso jogar mais, sei que posso render mais para a minha equipe. Estou procurando fazer isso. Estou precisando desse gol, precisando de confiança para fazer uma partida boa”, desabafou na quarta. Fase que acabou com a paciência de alguns rubro-negros, que vaiaram Cajá quando ele foi substituído no empate por 0x0 com o Grêmio, sábado, no Barradão. Na saída, Cajá bateu palmas, o que pareceu ironia, mas ele garante que não foi. “Sei que tem alguns que acharam que não fui bem. É um direito deles, pagam ingresso, vaiam, fazem o que quiser. Mas eu aplaudi porque creio que a maioria me aplaudiu. Eu aplaudi minha torcida, não ironizei”, posicionou-se. Situação esclarecida, esse não foi o primeiro ruído na relação Cajá e rubro-negros. No triunfo por 2x1 sobre a Portuguesa, 4 de agosto, ele criticou a torcida na saída pro intervalo. Não voltou para o segundo tempo e acabou perdendo a vaga de titular nas duas partidas seguintes para Camacho. Voltou ao time, mas não conseguiu mais reeditar o futebol do primeiro semestre, quando esteve bem na conquista do Campeonato Baiano. DORMIR Nesse retorno à titularidade, a carga de responsabilidade aumentou com a ausência de Escudero, que ficou fora do time por um mês por causa de uma lesão seguido de doping. “É um cara que já está entrosado. Às vezes os outros que entravam, o time ficava fácil de ser marcado e não tinha essa movimentação. Eu ficava sozinho pra armar. Tava em um lado, a bola virava, tinha que ir pro outro lado pegar a bola”, comenta. O argentino voltou há dois jogos e até agora Cajá ainda não conseguiu reengrenar. Uma situação, segundo ele, que chega a incomodar na hora de dormir. “É uma fase que acontece. Com confiança e dedicação, tudo vai mudar. Tem jogo que não consigo dormir, vou dormir 5h, 6h. Você treina para fazer o gol, treina para dar certo e não acontece”, conta. “É normal acontecer, tem cobrança de todos os lados, mas a gente temque assimilar, tem que ter calma. O time todo caiu. A gente teve várias partidas sem vencer, o que acarretou até na saída do Caio (Júnior)”, observa. O próximo passo para Cajá recuperar a bola que perdeu será longe da torcida. Domingo, contra o Atlético-PR, na Vila Capanema, em Curitiba, o Leão tenta manter a invencibilidade de quatro jogos- duas vitórias e dois empates. “Vamos jogar organizando, chegando do nosso jeito e tentando dominar o meio-campo”, diz. Completando o setor, o parceiro Escudero e os volantes Edson Magal e Elizeu. Na frente, Dinei e Marquinhos.

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