Um ano de recomeço e superação, assim era para ser o ano de 2015 para o Bahia. E a temporada começou em um
amistoso contra o clube ucraniano Shakhtar Donetsk, na Arena Fonte Nova. O placar foi triunfo por 3 a 2 para o Esquadrão, com gols dos garotos da base Rômulo e Zé Roberto (2x). Já na diretoria, o clube deu uma bola fora ao
anunciar a contratação do atacante Jael, mas voltar atrás após o atacante renovar com o Joinville.
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Bahia teve maior média de público da Série B, com 16.904 pagantes por jogo. Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia |
E foi também por questões contratuais que o Bahia deixou de jogar na Arena Fonte Nova. A
diretoria anunciou que não renovaria o contrato com a Arena e que voltaria a mandar seus jogos no Estádio Pituaçu. “Não se pode fechar os olhos diante dos repetidos problemas e da falta de soluções”, dizia o trecho da nota. No dia 2 de abril o clube fechou um
novo acordo com o Consórcio que administra a Arena e voltou o seu mando de campo para a Fonte Nova. Na Copa do Nordeste, o Tricolor foi líder no Grupo E e conseguiu vaga nas semifinais após passar pelo Campinense na 2ª fase da competição. Na fase seguinte, o Bahia levou a melhor contra o Sport e se classificou para a final diante do Ceará. Após perder o primeiro jogo por 1 a 0, na Arena Fonte Nova, com um frango do goleiro Jean, o Esquadrão perdeu de 2 a 1 no jogo de volta e se tornou
vice-campeão da Copa do Nordeste 2015. Uma semana após a derrota, veio a taça. O Bahia reverteu o placar de 3 a 0 sofrido no jogo de ida contra o Vitória da Conquista e goleou por 6 a 0 na partida de volta. O título foi o
bicampeonato baiano e o 46º título estadual do Tricolor. A polêmica do Bahia no campeonato ficou por conta da então musa do tricolor, Carla Havashy, que havia publicado uma foto nas redes sociais com uma camisa rubro-negra e escrito
“Deus me livre” sobre se tornar torcedora do Bahia. O clube a destituiu e nomeou a torcedora Rosiane dos Santos a
nova Musa do Bahia. [youtube Ad6UwGdSLb4] Começando a Copa do Brasil com
13 atletas da base entre os relacionados, o Esquadrão chegou até a terceira fase da competição, quando caiu para o Paysandu. O Bahia perdeu por 3 a 0 na partida de ida, em Belém. A partida de volta na Arena Fonte Nova ficou marcada pelo retorno do
lateral Ávine, que não jogava desde 2012. No placar, o triunfo por 2 a 0 não garantiu o Tricolor na próxima fase.
No meio do ano o Tricolor teve a baixa de dois jogadores do elenco. Após quatro anos como líder na zaga do Bahia,
Titi recebeu uma proposta e foi para o futebol da Turquia. Quem também se despediu do Esquadrão foi o meia Bruno Paulista. Cria das bases, o jogador foi vendido para o Sporting de Portugal por R$ 13 milhões, se tornando o
jogador mais caro a ser vendido pelo clube. Brigando para se manter entre os primeiros da Série B, o Bahia teve mais uma desclassificação na temporada após
perder por 4 a 1 para o Sport, em Recife, e ser eliminado da Copa Sul-Americana. Com a queda de produtividade do Esquadrão no segundo semestre, o
técnico Sérgio Soares deu adeus ao Tricolor após 62 partidas, 29 triunfos, 20 empates e 13 derrotas. Bombeiro em 2014 (quando o Bahia foi rebaixado), o auxiliar Charles Fabian assumiu o comando do Bahia até o fim da temporada 2015.
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Autor de 29 gols na temporada, Kieza não conseguiu garantir o acesso do Bahia. Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia |
Após dois triunfos seguidos e a volta ao G4, o time comandado por Charles voltou a ter queda de rendimento e viu a zona de classificação para a elite do futebol se distanciar do Tricolor. Na 36ª rodada, o
Bahia perdeu para o já rebaixado Boa Esporte por 3 a 0 e deu adeus ao objetivo do ano: o acesso à série A. No dia seguinte à derrota, os jogadores do Bahia fizeram um pronunciamento pedindo desculpas ao torcedor: “
Somos nós os culpados”. Já reformulando para 2016, a diretoria demitiu o
diretor de Futebol Alexandre Faria e deu férias a Charles Fabian. Fechando a temporada, Marcelo Sant'ana anunciou a contratação de
Doriva como treinador do Bahia até o fim de 2016.