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Em 1986, atacante Ricky foi vendido para o Metz, da França |
O nigeriano Ricky brilhou com a camisa rubro-negra nos anos 80 e virou ídolo. Foram 98 gols pelo Vitória entre 1984 e 1986, o suficiente para colocar seu nome na história do clube. A torcida não esquece da mística do atacante, algo que ele mesmo reforça. "Antes do jogo eu falava que ia marcar dois gols. Chegava no jogo e marcava dois gols. Ninguém conseguia me parar. A minha passagem pelo Vitória foi inédita", lembra o atacante, que nunca havia se destacado tanto na carreira. O
iBahia Esportes conversou com o jogador, que hoje está estabelecido em Lauro de Freitas e é empresário no futebol com status de agente Fifa. Recentemente, sem dizer nomes, ele ofereceu um atacante ao Vitória, mas o diretor de futebol Raimundo Queiróz disse que o jogador não tinha o perfil procurado e descartou a contratação.
A entrevista completa com Ricky vai ao ar nesta quarta-feira (14), aqui no Portal. Por enquanto, só um aperitivo. Mas mesmo essa 'entrada' traz uma informação bem quente, que pouca gente sabe. Em 1986, o Vitória, à época dirigido por José Alves Rocha, hoje presidente do conselho deliberativo do clube, vendeu Ricky para o Metz, da França, por um milhão e 300 mil cruzeiros, moeda daquele ano (equivalente a R$ 620 mil em valores atuais). Com essa grana, a direção rubro-negra pôde, enfim, iniciar a construção do Barradão, palco da finalíssima do Baianão 2013 no próximo domingo. "Usamos parte do dinheiro para construir o Barradão e parte para o futebol. O estádio foi inaugurado faltando apenas iluminação e um lance de escada, que Paulo Carneiro terminou depois", disse José Alves Rocha, que também é deputado federal (PR/BA). "Tinha muito assédio em cima do Ricky. Lembro que o Guarani, o Palmeiras, acho que o São Paulo também, procuraram ele. Trouxemos ele do América-RJ. Zezé Moreira nos indicou como um jogador de grande potencial", completou Rocha. Ricky sabe da sua importância para erguer o estádio. Ao que tudo indica, quem não sabe é o próprio Vitória. "Às vezes vou no Barradão e eles não me deixam entrar. Fico um pouquinho triste. Não gosto de comentar, as pessoas que devem ver", lamenta o ex-jogador, hoje com 51 anos. "Isso não existe na Europa. Você chega na Europa como ex-jogador e eles anunciam que você está no estádio. E todo mundo levanta aplaudindo. Você é reverenciado e eles te agradecem por tudo aquilo que você fez".