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Rômulo e Obina: autênticos camisa 9 em Feira de Santana

Atacante do Bahia de Feira, com dois golaços, e Obina, do Tricolor, que duas bolas na rede, fizeram um duelo à parte

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01/04/2013 às 10:54 • Atualizada em 02/09/2022 às 7:31 - há XX semanas
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Precisa ter muito amor para vesti-la, afinal, a camisa 9 não foi feita para qualquer jogador. No jogo de ontem, tivemos bons exemplos de como deve agir um centroavante. Rômulo, do Bahia de Feira, já havia mandado o recado antes, mas o carimbo só saiu no Joia da Princesa. Aos 22 anos, o garoto nascido em Parambu, interior do Ceará, chamava a atenção pelos sete gols marcados no Baiano. Nenhum deles, porém, comparados ao feito do boleiro na tarde ensolarada de Feira de Santana. O cara foi capaz de, em apenas dois lances, fazer qualquer torcedor do Bahia aplaudir as jogadas de pé. Mesmo no campo esburacado, que certamente deve ter uns 15 tipos de grama, o 9 do Tremendão mostrou seu valor. Em bom baianês, deu uma tabaca linda em Diones. Emendou com um chute indefensável no ângulo de Marcelo Lomba. Assustador! Bastaram três minutos para quase acabar com o jogo de uma vez. Na frágil marcação de Danny Morais, Rômulo dominou no peito com carinho e, como ensinou o Diamante Negro Leônidas da Silva, em 1932, deu uma maravilhosa bicicleta para estufar as redes. Outra pintura para, quem sabe, assinar contrato com um clube grande depois do estadual. “Agora só quero pensar no Bahia de Feira”, garantiu Rômulo, na humildade. Se Bahia e Vitória estão interessados, é bom apressarem o passo, pois já existem clubes do eixo Rio-São Paulo de olho. Se Rômulo foi o artilheiro dos gols bonitos, Obina foi o dos gols importantes. Ele chegou de mansinho no Fazendão e, mesmo com uns quilinhos a mais, conquistou a confiança do técnico Jorginho. Ao contrário de muitos no mundo da bola, apesar de ter conquistado vários títulos na carreira, Obina não perdeu o prazer de competir. Basta ver o gol de pênalti marcado contra o Tremendão para entender. De peito de pé, no alto, para não dar chances ao goleiro Jair. Tipo assim: “Pega, sacana!”. No fim do jogo, já sem fôlego, brigou com o zagueiro Paulo Paraíba e tentou o chute de primeira. Furou... Como um centroavante nunca pode desistir, mandou de novo na raça e correu para o abraço com os companheiros. A camisa 9 do Bahia já tem dono. Obina não é nenhum Beijoca, mas, para conquistar a torcida tricolor, basta manter a vontade e os gols.

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