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Lucas, Hugo e Leílson. Ao fundo, o Fusca ano 1984 |
Um carro pode sim mudar a vida das pessoas. No caso do meia Leílson, até terça desconhecido dos rubro-negros, ele só virou jogador de futebol graças a um fusca azul metálico, ano 1984. É estranho, mas é verdade. De Feira de Santana, o jovem de 21 anos chegou ao Leão com 10. Como não havia vaga no alojamento do clube na época, o jeito era Leílson pegar a BR-324 três vezes por semana para seguir na Toca. "Meu pai tinha um fusca e me levava e trazia em treinos e amistosos. Foram uns três anos assim. E o fusca era famoso em Feira, viu?", lembra. Hoje, o fusca não pertence mais ao pai, Luís Carlos, que trabalha com escritura de imóveis. "Já vendeu. Até hoje ele se arrepende de ter vendido o fusca. Se não fosse aquele fusquinha...", tenta imaginar o meia, que soube aproveitar a primeira vez no Barradão. "Pra ser sincero, eu esperava ser cortado da relação. Estava escrito. Quando a bola veio, eu pensei: ‘vou dominar pra frente’. E o resto eu nem sabia o que ia fazer. Só sei que ia chutar pro gol", lembra do lance do primeiro gol na vitória por 4x3 sobre o Paraná, terça. No profissional desde o início do ano, Leílson estreou no 2x1 sobre o Boa, fora de casa, em junho. Ano passado quase foi dispensado. Renovou até 2014 graças aos 11 gols no Baiano júnior.
Meia no Vitória, Leílson só virou jogador graças ao fusquinha 84 azul do pai