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Saída de meninos da base rendeu R$ 19,3 milhões na atual gestão

Venda de Elkeson para o Botafogo ajudou o Leão a entrar no mês de junho sem déficit na temporada

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05/06/2011 às 13:10 • Atualizada em 27/08/2022 às 23:53 - há XX semanas
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Se não fosse seus filhotes, o Leão estaria enchendo a pança de dívidas. É bem verdade que a base come hoje uma boa parte do dinheiro rubro-negro - R$ 6,2 milhões em 2010 - mas se não fosse por ela, o caixa do clube estaria igual ao bolso de quem ganha um salário mínimo e quer gastar quatro: desequilibrado. Um bom exemplo são os R$ 2,3 milhões abocanhados pelo Vitória, semana passada, com a venda de Elkeson para o Botafogo. O valor, que cobre todo o custo da base por quase cinco meses, permitiu ao clube iniciar junho sem déficit na atual temporada. E num olhar mais amplo sobre o assunto, é possível perceber o quanto a base desafoga as despesas do clube. Nos cinco anos e meio da atual gestão, a saída de 12 garotos rendeu cerca de R$ 19,3 milhões aos cofres rubro-negros. "É o instrumento que temos para equilibrar o nosso fluxo financeiro", explica o vice-presidente do Vitória, Carlos Falcão. Como os times fazem um orçamento anual prevendo que a despesa supere a receita, essa grana extra serve pra diminuir a dívida do clube como banco, que cede empréstimos pontuais para, no caso do Vitória, completar a renda e honrar os compromissos. Pra ficar claro: o Leão planejou gastos de R$ 40 milhões pra esta temporada, tendo previsão de receita na casa dos R$ 35 milhões. Com a venda de Elkeson, são menos R$ 2,3 milhões que o clube teria que buscar com receitas alternativas pra não pedir empréstimo, sempre com altos juros. O marketing é o outro aliado pra angariar recursos.
Sucesso - Ciente da necessidade de vender atletas, a atual diretoria, neste quesito, segue os trilhos administração de Paulo Carneiro. Ou seja: o Vitória precisa arrecadar, em média, R$ 4 milhões por ano com a venda de jogadores. Na atual gestão, o valor conseguido apenas com a negociação de atletas da base, chega a R$ 3,8 milhões/ano. Se a conta incluir a negociação de parte dos direitos econômicos de outros jogadores que não foram formados no clube, a exemplo de Apodi, Neto Berola e Índio, a meta é alcançada. "Eu entrei no Vitória com a mentalidade que o sucesso do clube estava ligado a fazer dinheiro em casa", observa Paulo Carneiro, mandatário do clube de 1991 a 2005. Dos 12 jogadores que saíram do Vitória na atual gestão e engordaram o caixa do clube, três deles partiram sem pintar na equipe profissional: Rider, Manteiga e Alan. O primeiro, hoje no elenco profissional da Fiorentina, foi vendido ainda aos 14 anos por 450 mil euros. Já os outros dois, que já tinham contrato profissional, saíram por que empresário Fernando Sérgio resolveu pagar, como prevê a Lei Pelé, a multa rescisória: R$ 50 mil. Alan foi pro Santos e Manteiga pro Feyenoord-HOL. CUSTOS DA BASE 1 GastosSão três setores - O custo do Vitória com a divisão de base chega a 15% do orçamento anual do clube. Destes, 46% são gastos com salários e bolsa-auxílio dos garotos; 34% vão para a comissão técnica; e os outros 20% são gastos com custeio, onde estão, por exemplo, viagens e alimentação. 2 ProdutividadeO salário ganha um gás - Conhecido como gatilho, o Vitória tenta motivar a garotada a se dar bem no profissional. Com cinco jogos no time de cima, o salário dobra. Em caso de dez jogos seguidos, dobra novamente. E se passar dois meses integrado ao elenco profissional, ganha um outro aumento. 3 É muito meninoMenores em vantagem - Hoje, o Leão conta com 157 jogadores da base registrados na FBF. São 63 atletas profissionalizados (acima de 16 anos) e 94 em formação. O Leão gasta R$ 235 mil por mês entre salários e ajuda de custo: em média, R$ 1,5 mil por jogador. Ainda tem 67 funcionários. 4 Estrutura físicaQuase 100 garotos - A Toca do Leão tem capacidade para receber 95 garotos. Mas apenas 80 são jogadores do clube. As outras 15 vagas são destinadas aos meninos de outros estados que vêm para período de teste. Dos atletas do clube que moram na Toca, apenas dois são de Salvador.

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