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Salvador se veste de Vitória enquanto Bahia tenta esquecer jogo

Não faltam motivos para Nivaldo, Nina e Dido festejarem: o time está há seis jogos sem perder e é o segundo colocado na Série B

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05/10/2015 às 8:48 • Atualizada em 01/09/2022 às 3:55 - há XX semanas
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A combinação das cores vermelho e preto dominou a cidade no domingo (4), um dia após o Vitória ganhar de virada do Bahia, na Fonte Nova, o terceiro e último Ba-Vi do ano. Lá estavam elas: nas bandeiras estendidas nas sacadas dos prédios e nas janelas dos carros e, claro, vestindo os torcedores que desfilavam orgulhosos suas camisas.

Sol, sorrisos, muita chacota e confiança no acesso à Série A. O que mais os torcedores do Leão poderiam querer para um domingo? (Foto: Marina Silva/Correio)

Teve torcedor que desdobrou a comemoração: o autônomo Nivaldo Souza, 58 anos, fez questão de colocar, na manhã de ontem, o uniforme também na cadelinha Nina, 5. “Todo Ba-Vi eu visto ela de Vitória. Ela assistiu ao jogo comigo”, conta. Na casa de Nivaldo, além dos dois filhos e da cadela, o papagaio Dido também é rubro-negro. “Ele sabe até cantar o hino. Toda vez que tinha gol do Vitória, ele dava um grito. Quando falo do Bahia, ele diz ‘tô fora’”, se diverte.

Helder Melo, 30 anos, com a filha Ana Luísa, 2; e Vagner Costa com o filho Matheus, 3: todo mundo de bom humor após triunfo do Vitória (Foto: Marina Silva/Correio)

Não faltam motivos para Nivaldo, Nina e Dido festejarem: o time está há seis jogos sem perder e é o segundo colocado na Série B – o Bahia é o sexto na tabela. Quem não está nada contente com a euforia rubro-negra na casa é a esposa de Nivaldo, a autônoma Bernadete Mendes, 55. Ela, que é a dona do papagaio, não se conforma com a debandada do animal de estimação. “O papagaio era Bahia mas pela influência dele acabou Vitória”, conta a única tricolor da casa. Depois de um sábado de nervosismo, o administrador Roberto Nova, 39, torcedor do Vitória, tirou o domingo para espairecer. “Fiquei pirado com o gol do Bahia. Pego ar muito fácil e quase morri do coração”, diz Roberto que descobriu ser hipertenso há dois anos e parou de acompanhar as partidas em bares. As memórias da partida ainda estavam frescas para quem foi para a rua comemorar o triunfo do time rubro-negro. O analista de sistemas Helder Melo, 30, que viu o jogo na Fonte Nova, afirmou ter sofrido durante a partida. “Minha pressão deve ter ido lá para cima no começo do jogo. Mas aos poucos fui me acalmando porque o Vitória dominou a partida”, afirmou ele, que comemorou com a filha Ana Luísa, 2, também rubro-negra. Ostentando a camisa do Vitória, o analista de sistemas Vagner Costa, 32, foi com o filho Matheus, 3, e a esposa Daniele Costa, 36, caminhar pela orla da Barra. “Fico de mau humor quando o Vitória perde. Tive que trabalhar isso em mim porque a minha esposa reclamou dessa minha reação”, conta ele. “Falei para ele: ou você muda, ou a gente se separa. Não tem como aguentar você chateado toda vez que o Vitória perder”, afirmou Daniele.
Correio24horas

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