São Paulo pega o Tigre pra voltar a levantar uma taça após 4 anos

Rogério Ceni: "final entre Brasil e Argentina resgata rivalidade"

Acostumado a ganhar títulos, o São Paulo amarga uma seca de quatro anos sem conquistas. O último caneco do clube paulista foi o Brasileiro de 2008. Hoje, o time está a dois jogos de vencer pela primeira vez a Copa Sul-Americana. O adversário é o Tigre, da Argentina, equipe de pouca tradição continental. O jogo de ida será disputado nesta quarta-feira (5), às 20h50 (TV Bahia), no estádio La Bombonera, do Boca Juniors. A partida será em Buenos Aires porque o estádio do Tigre, em Victoria, não tem a capacidade mínima exigida de 40 mil pessoas. Os são-paulinos chegam à final cientes do favoritismo, mas tomam cuidado para não considerar a fatura ganha. "A pressão é normal porque temos que buscar a vitória e as conquistas, voltar a vencer um campeonato. Muitas equipes que disputaram essa competição têm uma história maior que o Tigre e não passaram. O que vale é o momento. Uma final de campeonato entre Brasil e Argentina resgata a rivalidade", resumiu o goleiro e capitão Rogério Ceni. Na final, não existe o critério do gol marcado fora de casa. Prevalece o saldo de gols nos duelos. Igualdade leva à prorrogação e, se necessário, pênaltis. O jogo de volta será dia 12, no Morumbi. Empolgação não falta aos brasileiros. Além de já ter garantido a classificação para a Libertadores pelo Brasileiro, os reservas do São Paulo vêm de vitória no clássico contra o Corinthians, domingo. E o São Paulo vai pra cima dos argentinos. O técnico Ney Franco mantém o esquema com três atacantes e abrirá Lucas e Osvaldo pelas pontas para servir o artilheiro Luis Fabiano. Essa formação garantiu a melhor campanha no segundo turno do Brasileirão. Antes da decisão, o elenco assistiu a uma série de jogos do Tigre nos últimos dias e identificou na bola aérea a principal dificuldade a ser combatida. Botta, centroavante, é quem mais inspira cuidados. Sem graça - Se do lado são-paulino o clima é de empolgação, o mesmo não se pode dizer do Tigre. O time argentino tem seis taças da segunda divisão e três vices na elite. Em 2013, vai estrear na Libertadores. A imprensa local tem dado pouco espaço para a decisão e a expectativa é que La Bombonera não esteja lotada. Javier García, goleiro titular que já desfalcou a equipe contra o Millonarios, pelas semifinais, segue fora. São Paulo pega o Tigre pra voltar a levantar uma taça após quatro anos