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ESPORTES

Schmidt rechaça interferência política caso seja eleito

"Política é política, futebol é futebol. Na hora que essas coisas se misturam, geralmente não terminam bem", diz o candidato

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06/09/2013 às 11:00 • Atualizada em 02/09/2022 às 1:26 - há XX semanas
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A eleição que vai definir o novo presidente do Bahia acontece neste sábado (7) e o iBahia Esportes preparou uma série de entrevistas especial para ajudar o torcedor tricolor a escolher o candidato em quem votar. Nesta série, porém, tentamos abordar os assuntos mais polêmicos relacionados a cada candidato, além de ouvir as propostas deles. Abaixo, veja o que Fernando Schmidt respondeu em cinco questionamentos:Você foi presidente do Bahia na década de 70, entre 75 e 79. Ou seja, há mais de 30 anos. Você não acha que é muito tempo longe do futebol para assumir um clube? Você tem se atualizado? Eu sempre estive acompanhando o esporte e sobretudo participando do movimento de oposição dentro do Esporte Clube Bahia. Aliás, dentro e fora. Claro que há 30 anos atrás era uma situação conjuntural diferente. Nós vivíamos uma ditadura e hoje nós estamos vivamente empenhados, não só hoje, mas desde 2006, estamos vivamente empenhados em modificar os nossos estatutos exatamente para poder permitir que o Esporte Clube Bahia seja o clube mais democrático do Brasil. E que, inclusive, a experiência que está sendo aqui conduzida seja capaz de se irradiar para fora da Bahia. Uma democracia que vem necessariamente acompanhada de transparência e de profissionalismo. Dizem que você é o candidato do governo do estado à presidência do Bahia. Você é atualmente secretário de estado. Como garantir que não haverá interferência política no seu trabalho? Pela minha história de vida. O fato de eu trabalhar no Governo do Estado... Eu já trabalhei em várias outras situações, inclusive em empresas privadas, e em momento nenhum misturei as coisas. Acho que política é política, futebol é futebol. Na hora que essas duas coisas se misturam, geralmente não terminam bem. Então a garantia que eu posso dar está impressa na nossa chapa, que é a mais representativa possível, tanto no que se refere as opções ideológicas, partidárias, e também dos seguimentos sociais. É uma chapa bastante plural. Por isso mesmo, com essa chapa plural, nós não vamos praticar política dentro do Esporte Clube Bahia em favor deste ou daquele candidato, vamos nos dedicar em primeiro lugar ao Bahia. Esse é o nosso fator de união. Nos debates, você fala que vai gerir o clube em conjunto com uma equipe. Que equipe é essa? Quem são os investidores que vão ajudá-lo a fazer as mudanças planejadas para este período tampão? As pessoas que vão compor essa equipe, eu não citaria os nomes. Mas citaria dois órgãos fundamentais, que precisam ser integrados nesta gestão do Esporte Clube Bahia. Primeiro, o Conselho Deliberativo que é o órgão que representa a Assembleia Geral dos sócios. Com esse Conselho, por mais que seja perene as suas reuniões, a nossa intenção é criar ao lado dele também um Conselho Consultivo, formado por várias figuras representativas desses seguimentos todos, inclusive das torcidas organizadas, que estão nos apoiando, para que de forma mais amiúde, nós tenhamos condições de compartilhar para decidir sobre todas as graves questões que terão que ser enfrentadas no dia a dia da nossa gestão. Você foi ou em algum momento se sentiu pressionado a se candidatar a presidente do Bahia? Não. Sempre fui da oposição a essa situação de descalabro, de verdadeiro autoritarismo, que existia no Esporte Clube Bahia. Sempre lutei a favor de um novo Bahia, onde liberdade, transparência e profissionalismo pudessem caminhar juntos e caminhar para o bem do Esporte Clube Bahia. Coloquei meu nome à disposição como vários outros companheiros colocaram. Esses mesmos companheiros acharam que para esse mandato de transição eu poderia congregar mais, trazer mais pessoas e integrá-las a esse movimento. Pressão não houve. Houve sim o desejo de colaborar com o Bahia dentro de um mandato de transição, onde teremos que preparar as bases e todos os setores do clube para aí sim entregar o bastão ao próximo presidente. Tenho certeza que esse futuro presidente vai encontrar um Bahia muito melhor do que o que estamos encontrando hoje. O que você acha da relação do Bahia com a Arena Fonte Nova? Você vai rediscutir o contrato? Já estamos. Já estamos procurando ter contatos com os responsáveis pela Arena Fonte Nova. Eu parto do princípio de que um contrato só é bom quando é bom para as duas partes. Não dão certos contratos que apenas favoreçam uma das partes contratantes. As duas têm que se sentir confortáveis e que é necessário buscar soluções negociadas no sentido de trazer os benefícios para ambos. Ou então não é normal. Pelos contatos que tenho tido, sinto que a Arena Fonte Nova tem um pensamento semelhante. Não creio que tenha nenhum tipo de dificuldade de rediscutir cláusulas no sentido de beneficiar o Esporte Clube Bahia e também a própria Arena pela necessidade de termos um público muito maior em benefício de todos. Vamos continuar as negociações de permitir que todos os sócios tenham uma redução de 50% do valor do ingresso, mas também daquelas coisas conexas, como lanchonete, estacionamento, outras facilidades, a localização no estádio, que não seja só para o sócio, mas por livre movimentação. A cada momento surgirão fatos novos. É só ver que a simples introdução de um preço de ingresso novo no último jogo permitiu que o terceiro anel atrás do gol estivesse como nunca esteve antes. A presença de pessoas torcedoras, que com este preço puderam frequentar o estádio. Vamos querer ampliar e se possível baixar mais ainda o preço do ingresso, dando garantias para público feminino, crianças, coisas que não estão previstas dentro do contrato firmado com a Arena Fonte Nova. Leia mais Rui Cordeiro nega ter sido dirigente de Petrônio Barradas e fala sobre registro de marca Tillemont rebate quem o chama de oportunista e lembra apoio a oposição

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