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Segredo tricolor: atletas assimilam humildade e botam fé no grupo

Terceiro colocado no Brasileiro com 19 pontos, Tricolor surpreende sem contar com estrelas no elenco

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03/08/2013 às 7:47 • Atualizada em 02/09/2022 às 2:30 - há XX semanas
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O Bahia tem um elenco modesto, mas faz bonito no Campeonato Brasileiro. Longe de ter um orçamento tão rico quanto o de equipes do Sul e do Sudeste, o Tricolor encontrou na união a solução para deixar para trás percalços e fatos trágicos ocorridos no início da temporada, como os vexames na Copa do Nordeste, no Campeonato Baiano e na Copa do Brasil. Os méritos do técnico Cristóvão Borges para surpreendente campanha na Série A já são conhecidos, mas é importante ressaltar como os jogadores assimilaram bem os pedidos do comandante. Com o discurso em sintonia, os jogadores do Bahia revelam que entendem a modéstia do elenco, mas isso não o faz pensar pequeno. Digamos que a humildade virou o comportamento padrão da equipe, mas as metas são mais ousadas do que outrora. Em entrevista ao iBahia Esportes, o atacante Wallyson falou um pouco sobre o papo que Cristóvão levou até o elenco. "O Bahia não tem grandes jogadores, considerados de nome, consagrados, mas os jogadores que estão aqui querem coisas grandes. Sabemos que é cedo para pensar muitas coisas, mas nossa equipe vai aos poucos conseguindo as vitórias. Vai chegar uma hora que a gente vai perder e a gente tem que ter essa consciência. A gente tem que estar preparado para suportar essa derrota, mas nossa equipe está querendo coisa grande, estamos trabalhando com os pés no chão, o trabalho está sendo bem feito pelo professor (Cristóvão Borges), um cara que conhece futebol, nossa equipe está entendendo o que ele quer. Então as coisas estão ainda no começo e todo mundo está pensando, todo mundo está assimilando o que o professor está querendo", disse o atacante. O volante Rafael Miranda segue a mesma linha de raciocínio. "O que o Cristóvão fala e o que a gente conversa entre a gente é que nós não temos um elenco de estrelas, não temos nenhum jogador que é único, essencial. Acho que o que está trazendo as vitórias é a união do grupo, a força do grupo", disse ao iBahia Esportes.
Raça até o fim - O resultado da assimilação da ideia implantada pelo treinador tricolor resulta na dedicação e aplicação tática vista nos jogos do começo ao fim. "Se a gente não tiver essa obediência tática, dificilmente a gente vai conseguir os resultados. A gente está comprando essa ideia de que precisamos jogar dessa forma, com essa dedicação que vocês têm visto e só assim que a gente vai ganhar, porque nosso time não é de estrelas, todo mundo sabe disso, então a gente precisa dessa dedicação, desse empenho físico e dessa obediência para poder conseguir as vitórias", explica Rafael. Wallyson também faz questão de ressaltar a preparação física do Tricolor. "A preparação do Bahia foi muito importante nessa parada da Copa das Confederações. Eu não estava aqui, mas estava treinando em Natal e os profissionais que estão no Bahia trahalham muito certo, falando as coisas boas que podem vir e nossa equipe está acreditando no trabalho. O resultado está vindo". Grupo - O sentido de grupo também é adotado na hora de poupar o companheiro dentro de campo, fazendo com que haja descanso diante de tamanha intensidad de jogo. "Eu, Marquinhos, Talisca e Fernandão estamos marcando na frente, então fica mais fácil para os meias descansarem um pouco. Mas todo mundo marca, desde a zaga ao ataque, hoje futebol é assim. Se não marcar você não consegue jogar. A gente vem conversando bastante no dia a dia, nos treinamentos, e as coisas vão dando certo. Com os pés no chão, trabalhando certo, respeitando os adversários, nossa equipe está chegando", pontua Wallyson. Rotatividade - Outro ponto positivo tem sido a rodagem de atletas na equipe titular. Testanto formas diferentes de jogo, Cristóvão não muda apenas quando precisa por conta de uma lesão ou cartão, mas também por opção. "É o treinador buscando a melhor forma dependendo daquilo que vai encontrar no adversário. Claro que não, mas respeito e acho que o grupo tem que entender isso. Você vê, por exemplo, jogadores como Souza, como Obina, que já têm um currículo e que entendem isso e que em nenhum momento questionaram isso de alguma forma que fosse atrapalhar o grupo. Têm sempre lutado junto. Então, acho que isso tem que ressaltar; Claro que quem tá fora não está feliz, mas está todo mundo aceitando a situação e procurando o seu espaço", emendeu Rafael. Confiança - Em visita à Rede Bahia na quinta-feira, o treinador do Bahia comemorou o fato dos jogadores terem assimilado suas ideias e ressaltou que o resgate da confiança foi fundamental para que os resultados viessem no Campeonato Brasileiro. "Futebol é jogo de moral. Se você está com o moral elevado, o jogo flui e você faz coisas que nem acredita. Eles precisavam disso. Estavam muito sofridos. O primeiro trabalho era esse. Com isso, veio a nossa filosofia. Expus minhas ideias, eles acreditaram e se adaptaram ao trabalho. Quando faço uma palestra, falo tudo pra eles sobre organização tática. Mas tem que jogar. Se o time for só organizado não adianta nada. Tem que ser agressivo, atacar. Hoje eles não têm medo, receio ou dúvida. Pra ganhar da gente, vai ter que jogar melhor. Esse negócio de intimidar, não tem. Sei o quanto isso é importante. Hoje, posso dizer que isso está superado", garantiu.

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