|
Arílson Bispo também é presidente do sindicato baiano |
No feriado mundial dedicado ao trabalhador, os árbitros da Bahia pedem respeito. A final do Campeonato Baiano será mesmo entre Bahia e Vitória e, mais uma vez, a discussão sobre a necessidade de arbitragem de fora está em pauta.O Bahia se manifesta abertamente a favor de árbitros de outro estado, principalmente por se sentir prejudicado na derrota por 3x2 no último Ba-Vi, dia 18 de março, no Barradão.
“No Ba-Vi tem que ter juízes de fora e ponto final”, escreveu o vice-presidente jurídico Ademir Ismerim, segunda, no twitter. A diretoria do Vitória não faz tanto alarde, mas nesse ponto concorda como rival. Já o presidente do sindicato dos árbitros da Bahia, Arílson Bispo da Anunciação, diz que não teve qualquer conversa com representantes da Federação Bahiana de Futebol a respeito, mas pede que a arbitragem local seja valorizada.
“Acredito que vai ser árbitro daqui, fizemos um bom campeonato. Equívocos há em qualquer lugar, muito menos aqui do que em outros campeonatos, mas sempre paira essa nuvem sobre a arbitragem”, alega Arílson. Enquanto a FBF não se pronuncia sobre a escala das finais, Arílson comemora outros avanços.
Este ano, o patrocínio da Embasa foi estendido para o fardamento dos árbitros. Além disso, os árbitros agora não precisam mais gastar com material de jogo, graças a uma parceria com uma distribuidora de material esportivo. “Antes, os árbitros locais tinham que tirar do bolso para seguir o padrão adotado pela CBF para os árbitros do quadro nacional”, lembra.
Espera por regulamentação já dura 36 anosPara cumprir as escalas de arbitragem, Arílson Anunciação divide seu tempo coma jornada de professor na rede pública de Camaçari. Nada muito diferente do que fazemos demais integrantes da categoria. Desde 1976, os árbitros aguardam a regulamentação da profissão, que voltou à pauta do Congresso ano passado com
apoio de alguns parlamentares, sobretudo ex-jogadores.
Além da contratação formal dos árbitros, que teriam direito a seguro-desemprego e auxílio-doença, entre outras coisas, o projeto pretende ainda abolir o sorteio das escalas. "O Brasil é o único país do mundo que tem sorteio. O árbitro não tem sequência, não pode evoluir", reclama Arílson.