Sonnen ataca de novo: 'o português é falado em partes que não importam no mundo'

Chael Sonnen: 'eu sou o campeão do povo nos pesos médios'

O UFC deu um microfone para Chael Sonnen e, como sempre, o americano aproveitou a oportunidade para disparar contra o Brasil e lutadores do país. O polêmico wrestler participou de uma sessão de perguntas e respostas com fãs na Filadélfia nesta sexta-feira e, entre os já costumeiros ataques a Anderson Silva e Lyoto Machida, chamou Rogério "Minotouro" Nogueira de covarde por desistir de sua luta com Rich Franklin e disse que a língua portuguesa só é usada em "partes que não importam do mundo". Também sobraram provocações a Fedor Emelianenko e Mirko Cro Cop, e o lutador surpreendeu ao dizer que gostaria de enfrentar Adolf Hitler e Osama Bin Laden e ao sugerir Dana White e Brian Stann para a presidência dos Estados Unidos.A sessão já começou com uma pergunta sobre o confronto entre Anderson Silva e Yushin Okami, companheiro de equipe de Sonnen, no UFC 134, ou UFC Rio, que acontece no próximo dia 27 de agosto. Sonnen disse que a luta é difícil de se vender, pois as pessoas "precisam ser convencidas de que Anderson pode vencer".Durante o resto da sessão, afirmou que o cinturão do brasileiro é "de lata", se declarou mais de uma vez o "campeão do povo" nos pesos médios e, mesmo quando deu crédito ao desafeto pelo triângulo usado para finalizá-lo em sua luta no UFC 117, em setembro do ano passado, disse que a posição é a "saída dos covardes". "Eu ouvi ele dizendo, "Ah, minha costela está doendo"! É claro, Anderson, o problema das suas costelas é o mesmo das suas mãos e pernas: estão presas a um fracote", disparou Sonnen. Sobre Lyoto Machida, que chegou a ser especulado como seu próximo adversário, o wrestler disse que gostaria de enfrentá-lo porque seria uma "luta fácil" e que o carateca "devia tirar seu pijama e ir para a Mansão da Playboy", em referências ao quimono usado no karatê e ao dono da famosa revista masculina, Hugh Hefner, que tem o hábito de andar de pijamas. A rixa de Sonnen com a Black House, academia dos irmãos Nogueira, da qual Anderson e Lyoto fazem parte, é antiga, e o americano desafiou toda a equipe dos brasileiros. Foi quando virou sua atenção para Minotouro, que lutaria no UFC 133 neste sábado, mas desistiu do combate devido a uma lesão no ombro, anunciada oficialmente em 17 de julho. "Não sou um dos caras que assina contrato e liga dizendo que estão doentes. Eu não entendo porque os caras telefonam 30 dias antes dizendo que não vão lutar. O "Lil Nog" ("Pequeno Nogueira", como Minotouro é conhecido nos EUA) ligou no dia 4 de julho para cancelar a luta. O UFC não tem uma "praga de lesões", na verdade está infectado com covardes!", afirmou.

Apesar das alfinetadas, Sonnen perdeu para Anderson Silva

Sobrou até para a língua portuguesa. Ao comentar declarações recentes de Quinton "Rampage" Jackson a seu respeito, Sonnen disse não ter entendido o que o meio-pesado falou, apesar de se considerar um poliglota. "Eu falo três línguas; bem, quatro, se você contar o português, que só é falado em lugares do mundo que não importam...". Fedor Emelianenko e Mirko Cro Cop também não escaparam da boca do americano. Sonnen cutucou o russo, derrotado por Dan Henderson no Strikeforce no último sábado, indagando se "ele já tinha acordado" após sofrer o nocaute. Quanto ao croata, o americano questionou o status de "lenda viva" do rival, dizendo que ele só venceu lutas fora dos EUA. "Eu estou lutando há mais tempo que o Mirko, tenho mais títulos e vendi mais ingressos. Eu legalizei o MMA no Oregon, fui até o governo para isso. Mirko é membro importante do governo da Croácia, um país que nem exibe o UFC", explicou. Nem toda a sessão foi de críticas e cutucadas. Sonnen reconheceu o bom trabalho feito pelo brasileiro Cesar Gracie e sua academia na Califórnia com lutadores como Jake Shields, Gilbert Melendez e os irmãos Nick e Nate Diaz. Além disso, disse que, se pudesse escolher qualquer pessoa para enfrentar, lutaria contra Hitler e Bin Laden, e ainda fez campanha para que Brian Stann e Dana White se candidatassem à presidência dos EUA. "Sabe quem nos tiraria desta recessão? Dana White. Ele faz algo que ninguém mais faz, que é ir ao público e dizer a verdade. Ele não é um promotor que esconde as coisas ou faz eufemismo. Se todos os presidentes dissessem qual é o seu plano e o que está acontecendo, as ações iriam subir", garantiu.