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Omar: "Estou muito tranquilo e pronto" |
Parar Neymar em condições normais já é complicado para qualquer ser humano. Agora, imagine segurar o craque santista com o seu time na corda bamba, na porta de entrada da zona de rebaixamento do Brasileirão e fora de casa. Acrescente aí o fato de estar sem ritmo, há 16 jogos sem colocar os pés num campo para uma partida oficial. Pois essa é a situação de Omar no jogo desta quarta, às 19h30, contra o Santos, na Vila Belmiro. Aos 23 anos, o goleiro revelado na base tricolor será o substituto de Marcelo Lomba, suspenso. A tarefa de segurar o melhor jogador do país na atualidade não é fácil, mas o candidato a paredão tricolor garante estar preparado para missão quase impossível. "A gente trabalha sempre pra esse tipo de situação. Estou muito tranquilo e pronto para fazer uma ótima apresentação na Vila", diz. Este ano, o craque alvinegro disputou 35 jogos pelo Santos e fez 33 gols. Os números assustam, mas Omar dá a receita para os homens da defesa: quanto menos espaço Neymar tiver em campo, maior será a chance dele não marcar. Difícil é executar isso. "É um jogador que está numa fase incrível e qualquer vacilo para ele é suficiente para criar uma grande jogada". O camisa 12 tricolor acrescenta. "Neymar é imprevisível, mas sempre acompanho os jogos e procuro analisar cada adversário e as suas melhores características", diz. A falta de ritmo pode ser um obstáculo a mais para Omar. O jogador não entra em campo desde o dia 6 de junho, quando o Bahia empatou com o Atlético Mineiro por 1x1 no estádio Independência. Na ocasião, o substituto de Lomba salvou o tricolor de uma derrota com duas importantes defesas no final da partida. "Sempre procuro me dedicar nos treinos para compensar essa falta de ritmo. Tenho que estar a todo momento ligado", avisa. Ao contrário do tricolor, que tem a pior campanha como mandante entre os 20 times da Série A, o Santos sabe valorizar o seu estádio. Em nove duelos em casa, o rival desta quarta ainda não perdeu: quatro vitórias e cinco empates. Omar admite que o clima não é nada agradável, mas dá a certeza de que o grupo não vai jogar a toalha. Para ele, o perigo do rebaixamento ainda é reversível. "A situação do nosso time é delicada. Mas todos nós estamos envolvidos com esse momento. Ninguém quer ver os torcedores sofrendo. A gente tem condições de sair da parte de baixo da tabela no segundo turno", comenta ele, pra depois concluir. "Vejo com bons olhos a nossa saída da zona de rebaixamento. Continuaremos trabalhando".
Mudanças - Para a partida na Vila, a comissão técnica terá algumas mudanças obrigatórias em relação à equipe que empatou com o Atlético Goianiense em casa. Além de Marcelo Lomba, o vaiado Fabinho também levou o terceiro cartão amarelo. Diones e Hélder, que cumpriram suspensão, brigam pela vaga. Mancini também reaparece. Kléberson e Elias treinaram com bola, embora a participação deles contra o Santos seja incerta. Lulinha fez treino físico e dificilmente volta.
Omar, substituto de Lomba, afirma estar pronto para segurar Neymar