Sorriso no rosto e gozação na ponta da língua. “A gente jogou água no chope do Cruzeiro. Eles acharam que iriam dar goleada, vencer o jogo fácil, só que a gente entrou lá com o pensamento positivo e deu tudo certo”, cutucou Talisca, herói da salvação tricolor, o homem do gol que estragou a festa do campeão brasileiro e manteve o Bahia na Série A em 2014.Leia mais Torcedora empolgada que apareceu na TV é irmã de zagueiro do Bahia Técnico do Bahia festeja resultado e dá o recado: "vamos com o melhor"“Pra mim não foi surpresa. O grupo se fechou bem. Nós sabíamos da dificuldade, mas fomos pra lá com o objetivo de vencer mesmo. O Bahia foi grande como deve ser e nós vencemos eles lá dentro”. O gol, no entanto, nem foi como ele planejou. “Eu chutei com a esquerda, mas não peguei em cheio, aí a bola resvalou, bateu na minha coxa direita e entrou”, conta o meia de 19 anos.
“Eu iria bater de chapa porque o canto tava todo aberto, só que se eu pego do jeito que eu queria, talvez a bola não tivesse entrado. Se não pega na coxa, acho que iria passar pela linha de fundo. Acabei pegando o contrapé do goleiro, ele tava voltando e não teve força pra chegar na bola”, lembra. “Foi um gol sem querer. Quer dizer, eu queria fazer, mas não foi do jeito que eu queria. Esse gol não tem explicação, mas é muito importante”. Talisca poderia ter deixado o campo aos 15 minutos do segundo tempo, mas fez questão de jogar até o final. Conta que Cristóvão chegou a pensar em tirá-lo de campo, mas pediu pra ficar. Ficou e estufou a rede do Mineirão para tranquilizar os corações tricolores. Passe de Souza e 2x1 em cima do Cruzeiro aos 44 do 2º tempo. Moqueca - Talisca retornou com a delegação para Salvador logo após o jogo ainda sem acreditar no feito histórico. Chegou em casa na madrugada de ontem, bateu um prato de moqueca de peixe preparada pela esposa e fez a digestão assistindo à reprise da partida na companhia dela. Precisava ver para acreditar que aquela rede estufada tinha sido mesmo mérito dele. “A ficha não tinha caído depois do jogo. Foi um gol muito importante, que tirou o Bahia da briga pra não cair pra 2ª divisão”. Dormiu de barriga cheia e cabeça vazia. “Dormi tranquilão, leve”. Só acordou pra receber a equipe do CORREIO no condomínio onde mora, em Praia do Flamengo. O gol foi como um desabafo. “Sempre sou muito cobrado e estava treinando firme, esperando esse momento. Nasci pra brilhar e minha estrela nunca vai falhar”, diz um Talisca confiante, já pensando no ano que vem. “Em 2014, tenho que ser o dobro do que fui em 2013 pra ajudar o Bahia”. E como terceiro homem de meio. É nessa posição que o torcedor que for à Fonte Nova, domingo, vai vê-lo contra o Fluminense. “Esse jogo vale muita coisa, vale terminar o campeonato entre os 10 e quero convocar a torcida”.Correio 24h Talisca estragou a festa cruzeirense: ‘Bahia foi grande como deve ser’
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