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Tartá: "agora eu tenho oportunidade, não vou deixar escapar" |
Os lentos passos de uma tartaruga chegam a dar sono. Imagine um atacante com um apelido que remete ao animal? Deveria ser um cara devagar, quase parando. Mas não é. “É pra enganar os adversários”, brinca Tartá, provável companheiro de Neto Baiano no ataque do Vitória nesta quarta contra o Botafogo, às 21h50, no Barradão, pela Copa do Brasil. A semelhança com uma tartaruga, que rendeu o apelido, fica só no rosto. Nas pernas, o jovem de 23 anos tem muita velocidade. O técnico Ricardo Silva não deu a certeza, mas tudo indica que escalará Tartá, que entrou bem nas últimas três partidas, no lugar de Rildo, em má fase.“Desde que cheguei, procurei me dedicar aos treinos, estar bem fisicamente pra poder brigar de igual pra igual por um espaço no time”, diz o atleta vindo do Fluminense. Tartá chegou no início do ano, jogou com Toninho Cerezo, mas após uma contusão ficou esquecido. Quando Ricardo Silva assumiu, levou o jogador de volta aos relacionados. “Quero achar meu lugar. A gente ficava chateado não estando nem no banco pra ajudar. Agora que tenho oportunidade, não posso deixar escapar”, garante. As entradas durante os jogos têm servido para ele pegar mais o ritmo. De acordo com Tartá, quando o jogador sai do banco, o nível de concentração tem que ser maior. “Venho entrando ali no segundo tempo e isso vem sendo bom pra adquirir total confiança pra achar meu lugar dentro do time”. A característica de voltar para buscar o jogo favorece o atleta, meia de origem. "Rildo joga mais na vertical. Tartá, além de jogar na vertical, recompõe bem o meio e sai em velocidade”, explica Ricardo Silva.O treinador pondera suas opções e deixando claro que uma saída de Rildo não teria nada a ver com a indisciplina do jogador, que reclamou ao ser substituído no jogo contra o Feirense, sábado. “Se tirá-lo, é por opção tática. Se fosse tirar por indisciplina, eu estaria punindo o clube e não vou fazer isso”, avisa. Com Tartá ou Rildo, o pensamento tem que ser igual, afinal, fazer o dever de casa é essencial numa competição como a Copa do Brasil. "Nós não podemos pensar em outra coisa. Aqui no Barradão, é vencer”. O jogo de volta das oitavas de final será na próxima quarta, dia 9, no Engenhão.