A contratação de Paulo Cézar Carpegiani significa uma mudança de conceito do Bahia em relação ao seu comando técnico. O veterano, que iniciou a carreira pelo Flamengo em 1981, é o treinador mais velho da atual Série A, com 68 anos.
Pelo menos nas três últimas temporadas, sob a direção de Marcelo Sant’Ana, a torcida se acostumou a ver um perfil semelhante de técnicos no Fazendão: profissionais jovens e em carreira emergente. Sérgio Soares (50 anos), Doriva (45) e Guto Ferreira (52) são assim.
Em relação ao seu antecessor, Preto Casagrande, a mudança é radical. Saiu de cena um técnico iniciante, de 42 anos, o terceiro mais jovem da Série A – a frente apenas de Jair Ventura, do Botafogo, e Emerson Cris, da Chapecoense, (ambos com 39 anos).
E não é só da Série A. Carpegiani continuaria o mais velho mesmo se considerássemos os 20 treinadores da Série B.
A adesão ao perfil de Carpegiani não foi uma questão de disponibilidade no mercado apenas, garante o diretor de futebol, Diego Cerri. Foi planejado: “Nesse momento a gente optou por um treinador experiente, mais rodado, para um momento delicado de reta final da Série A. Optamos por ele por toda a bagagem e experiência que vai nos trazer”.
Na prática
A voz da experiência tem falado mais alto desde que Carpegiani chegou ao Fazendão, na última quinta-feira (5). Foram cinco dias de intenso trabalho técnico, e a filosofia dele aos poucos vai aparecendo.
A atividade desta segunda-feira (9) pela manhã praticamente definiu quem enfrentará o Palmeiras na quinta-feira (12), às 21h, no Pacaembu. Carpegani repetiu o time com Jean, Eduardo, Rodrigo Becão, Lucas Fonseca e Juninho Capixaba; Juninho; Edigar Junio, Zé Rafael, Renê Júnior e Mendoza; Rodrigão.
Para chegar a esta fórmula, foi preciso um processo. Começou com a observação do elenco na quinta-feira, ainda sob o esquema 4-2-3-1 utilizado por Preto Casagrande.
No dia seguinte, o esquema 4-1-4-1 foi testado pela primeira vez por Carpegiani. A definição veio no sábado, com a volta de Renê Júnior, recuperado de lesão.
“A gente entende que precisa de confiança, então Carpegiani vem nos passando isso. Sabemos que temos qualidade, só precisamos nos impor mais nos jogos. É isso que ele tem cobrado nesses dias”, disse o atacante Edigar Junio.
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Redação iBahia
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