Daniel Alves é um dos homens de confiança do técnico Felipão. Foto: Wander Roberto/VIPCOMM |
Em 1998, aos 15 anos, Daniel Alves da Silva estava no juvenil do Juazeiro Social Clube. Já tinha ajudado muitas vezes o pai, Domingos, nas plantações e no comércio. Nos treinos, a meta imediata era jogar no campo central, onde treinavam os profissionais. Nos campos laterais, de um lado ficava o time júnior e do outro, os juvenis, incluído Daniel.
Daniel estreou no Bahia em 2001. Foto: Edmar Melo/Arquivo Correio* |
O zagueiro Lucas era um dos objetos de desejo do Bahia para reforçar a divisão de base desde a chegada de Queiroz para comandar o Sub-20 tricolor. A diretoria tinha total interesse no zagueiro. Mas nem tanto no lateral-direito.
"Daniel foi chamado pela minha insistência e persistência. Eu não vou dizer o nome da pessoa, mas me chamou e disse: 'Você está tentando tanto trazer Daniel, vou te perguntar uma coisa: Qual é o seu caso?'", recorda Queiroz,que foi campeão brasileiro pelo Bahia como preparador físicona Copa União 1988. No título, trabalhou junto com o técnico Evaristo de Macedo, que daria em 2001 a primeira chance de Daniel como profissional. "O interesse maior era no Lucas. Daniel veio como um contrapeso", sorri, 16 anos depois.
R$ 10 MIL - Ainda amador, Daniel teve pela primeira vez contato com o futebol internacional. Em 1996, 12 empresários italianos tinham decidido transformar o Juazeiro em produto tipo exportação do Centro Desportivo Brasil Itália. O investimento era de cerca de US$ 2 milhões e previa, além dos campos bem cuidados, em região castigada ela seca, erguer refeitório e vestiários. A meta era ter mais de 200 garotos de 7 a 18 anos. "Tinha até aulas de inglês e italiano", lembra Queiroz. A visão empresarial dos italianos gerou negócios com o Bahia. Pela memória de Queiroz, Lucas custou R$ 50 mil, enquanto Daniel saiu por apenas R$ 10 mil. Ao todo, foram investidos mais de R$ 200 mil, incluindo também o zagueiro Vágner, o lateral-esquerdo Mica e o meia Marcelinho.
José Carlos Queiroz treinou Daniel no Juazeiro e no Bahia. Foto: Arquivo Pessoal |
A dívida financeira foi parcelada e quitada em 16 vezes. Valor bem maior foi o reconhecimento de Daniel, já em 2010, antes da Copa na África do Sul, quando uma equipe de TV foi a Aracaju entrevistá-lo graças a uma declaração do jogador. "Daniel não tinha nem documento direito quando chegou a Salvador. Eu que fui no SAC da Boca do Rio resolver". E dali Daniel Alves da Silva ganhou o mundo. E muitos títulos. É uma carreira que vale ouro. Matéria original: Jornal Correio* Bahia queria contratar Lucas, mas quem vingou foi Daniel Alves
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