Trajetória: Talisca conduziu o time em dura caminhada

A largada no Campeonato Baiano foi assustadora. Depois da eliminação na fase inicial do Nordestão, mais um baque na torcida. Diante do Galícia, o Bahia tropeçou feio no primeiro jogo do estadual, na Fonte Nova. Dentro de casa, os jogadores sentiram na pele a ira dos apaixonados tricolores. Nas arquibancadas para apoiar o azul, vermelho e branco, os torcedores preferiram aplaudir o adversário. O motivo estava exposto no placar: 2x1.

A reação foi discreta. Na rodada seguinte, vitória por 1x0 sobre a Jacuipense, em Pituaçu. O paraguaio Pittoni marcou o primeiro dele com a camisa do Bahia e iniciou a sequência de invencibilidade do Esquadrão. Daí em diante, o time comandado por Marquinhos Santos não perdeu mais. Não apresentou futebol vistoso e convincente, é verdade, mas conseguiu se impor nos quatro clássicos do ano.

No primeiro Ba-Vi, ninguém comemorou. Jogo sem graça, assim como o placar: 1x1 em Pituaçu, com gol de Fahel. Emoção mesmo o torcedor tricolor viveu contra o Vitória da Conquista, no estádio Lomanto Júnior. O Bahia ganhou de virada por 3x2.

A partida serviu para Talisca se firmar como principal jogador do elenco tricolor. Revelado na base, o meia de apenas 20 anos marcou dois gols de falta e fez o coração da galera tricolor explodir de alegria. Antes, Pittoni também tinha estufado a rede. Assim, o Bahia já chegou à última rodada da fase de grupos classificado para as semifinais, mas aquele último jogo valeu, e muito.

Naquele 23 de março, o time derrotou o Vitória por 2x0 e o Lepo Lepo foi cantado pela primeira vez nas arquibancadas da Fonte Nova. Resposta ao Lek Lek de 2013, a música do Psirico virou hino da torcida tricolor após os gols de Rhayner e Lincoln.

Na semifinal contra o Serrano, pouca inspiração. A classificação para as finais foi carimbada por Fahel: 1x0 na Fonte Nova. Se faltou ânimo diante do Serrano, sobrou alma contra o rival Vitória no primeiro clássico das finais. A melhor apresentação da temporada aconteceu na arena.

Tabelinha de Maxi Biancucchi com Talisca e o garoto marcou pela primeira vez no clássico. Depois, o meia cobrou escanteio certeiro na cabeça de Fahel e o volante-artilheiro colocou a redonda na rede outra vez. O suficiente para o Lepo Lepo ecoar outra vez na Fonte. O triunfo por 2x0 garantiu a reversão da vantagem para o tricolor, algo que não acontecia desde 1998. Ontem, foi só comemorar em Pituaçu. Matéria original: Jornal Correio* Trajetória: caminhada até o título foi tortuosa, mas Talisca surge para conduzir o time