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Salvador é a capital número 1 quando o assunto é hospitalidade. Por aqui, o visitante é tratado pelo povo baiano cheio de gentileza, como se fosse o verdadeiro dono da casa. No futebol, lugar onde a escrita deveria ser diferente, o Bahia, único representante do Estado na Série A do Brasileirão, resolveu levar ao pé da letra essa história de acolher bem quem vem de fora. O tricolor possui a segunda pior campanha como mandante entre os 20 clubes participantes. O aproveitamento de 29% em nove jogos só é superior ao do Figueirense, lanterninha da competição. Foram cinco empates, três derrotas e apenas uma vitória em Pituaçu. Amanhã, às 18h30, contra o Atlético Goianiense, o Esquadrão terá mais uma oportunidade de quebrar essa má fase. Desde o dia 17 de junho, quando bateu o Sport por 2x1, o time não conquista os três pontos em casa. De lá pra cá, quatro empates e duas derrotas. “Fazer a equipe vencer em casa é fundamental para o nosso futuro. Precisamos dar uma resposta ao torcedor”, diz Caio Júnior. Nesse processo de “aclimatação” a Pituaçu, o treino ontem saiu do Fazendão para o estádio. O lateral-direito Neto, que jogará pela primeira vez no local, acompanha as palavras do treinador. “É vencer aqui e trazer o torcedor novamente pro nosso lado. Num campeonato como esse, não existe ir tão mal dentro de nossa casa”, afirma. “Os torcedores do Bahia são loucos, fanáticos. A equipe passa por momentos difíceis, mas nosso time é bom e vamos nos recuperar. O grupo é muito experiente e ainda vai dar o que falar”, completa Neto. O torcedor tricolor tem um motivo a mais para acreditar num resultado positivo diante do rubro-negro goiano. Isso porque os rivais não costumam se dar bem longe dos seus domínios. Em nove jogos fora de casa, o Atlético perdeu cinco e empatou quatro.
AprenderO meia Jéferson, 28 anos, ansioso pela primeira partida com a camisa do Bahia, destaca a necessidade de manter a calma durante o jogo. Recuperado de uma cirurgia no joelho que o afastou por sete meses, ele fica como opção no banco de reservas. “A gente precisa aprender a jogar em Pituaçu.O mando de campo tem que prevalecer, principalmente por causa da nossa situação atual”, avisa. Em 2011, o Bahia fez somente a 18ª campanha como mandante da Série A. O time só se salvou do rebaixamento na penúltima rodada.