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"Tudo era muito diferente de hoje", diz torcedor do Vitória que esteve na inauguração do Barradão

Jorge Borges relata como era o estádio do há 25 anos atrás

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12/11/2011 às 14:41 • Atualizada em 05/09/2022 às 0:15 - há XX semanas
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"Não tinha catraca e era um murinho baixo"
No dia 11 de novembro de 1986, Jorge Borges reuniu um grupo de amigos para um momento histórico. Ele e outros 12 rubro-negros saíram do Rio Vermelho, onde moravam, em direção a Canabrava. O Barradão seria inaugurado naquela tarde e eles faziam questão de ser parte da festa.Chegar à arquibancada não era tarefa fácil. “Pra chegar foi muito difícil, tivemos que subir andando pelo lixo e pela lama. A muralha do estádio era o lixo”, lembra o motorista, na época com 26 anos.A estrutura do Manoel Barradas estava longe de ser boa, mas a felicidade de ter uma casa própria compensava qualquer obstáculo. “A gente sempre sonhou em ter um estádio e, mesmo com todos os problemas, aquele foi o pontapé inicial. Hoje, dá gosto de sentar na arquibancada limpinha, temos sanitários decentes, lanchonetes, campos de treinamento”, orgulha-se Jorge, agora com 51 anos. Tudo era muito diferente do que é hoje. “Não tinha catraca e era um murinho baixo, que o pessoal ficava até em cima. Só tinha mesmo o campo, a arquibancada e a cabine de rádio, que era uma casinha na época”, conta. O estádio mudou, o Vitória também, Jorge mudou até de endereço, mas se temuma coisaque continua a mesma é a fidelidade desse rubro-negro. Hoje, às 16h20, lá estará ele torcendo pelo Leão contra o Criciúma. Os três pontos são fundamentais nas contas para o Vitória voltar à primeira divisão do futebol brasileiro em 2012. O time tem 54 pontos, só um atrás do G-4 e restam três rodadas para o fim da Série B. O Criciúma tem 51 e, se perder, não terá mais chance de subir. Dino - De volta ao passado, muito tempo se passou desde a inauguração do Barradão. Lá se foram 25 anos, completados ontem (11), mas Jorge não esquece as emoções do primeiro jogo disputado na Toca. “Foi um presente dos céus,uma arena e um empate com o Santos, um grande time”. Antes de comemorar, Jorge lamentou ao ver um jogador com o mesmo apelido que ele carrega desde a infância abrir o placar para o Santos. Quando o Dino atacante santista fez 1x0 em campo, o Dino torcedor rubro-negro teve que aguentar a reclamação dos amigos na arquibancada. “O pessoal ficou zombando, dizendo que eu tava azarando”, lembra. Atá que Heider tratou de deixar tudo igual. “Foi como se tivéssemos ganho na loteria esportiva. Muito pulo e abraço”. Sou mais Vitória - Jorge comemorou o primeiro gol no Barradão no alto da arquibancada, onde agora ficam as cadeiras. Baixinho, senta lá até hoje. É sócio do Sou Mais Vitória e não perde um jogo. Este das 16h20 então, nem se fala. Ele estará em seu lugar cativo, apoiando o Leão na luta pelo acesso à Serie A. “Sou o 12º homem e vou ajudar a levar o Vitória pra frente. Vamos ganhar e vamos subir. Aqui é o Vitória quem manda”, garante Dino, com a certeza de quem viu o clube dobrar de 13 para 26o número de títulos baianos desde que adotou de vez o lar-doce-lar, em 1994.

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