O Bahia deseja entrar já no Brasileiro com 10 mil sócios do programa Torcedor Oficial, fazendo uma arrecadação próxima a R$800 mil/mês. Neste ponto, o título baiano é fundamental. "Sendo campeão, é certo bater a meta. Vai ajudar porque o futebol é um esporte passional e o torcedor é movido também a conquistas", comenta o diretor de marketing do clube, Sacha Mamede. Hoje, são 5,1 mil inscritos.
Para ser campeão, é preciso vencer o Vitória por dois gols de diferença, no Barradão, além de reverter a vantagem do Bahia de Feira, provável finalista do interior. "Sem o título, esperamos cumprir a meta original: 10 mil até o fim do 1º semestre, em junho, pelo próprio apelo do Brasileiro, que tem grandes equipes", diz Mamede.
Ser finalista tem ainda outro peso financeiro: a bilheteria. No caso tricolor, considerando-se um público de 30 mil pagantes em Pituaçu, a renda seria superior a R$700 mil. Para o Vitória, a renda bruta bate R$500 mil, pois o ingresso é mais barato.
O título é importante para as finanças e simbólico para a história. Sem o estadual, Marcelo Guimarães Filho será o terceiro presidente seguido do Bahia a completar o ciclo de mandato sem conquistar um título - ou você acredita em taça no Brasileiro?
Antes de Marcelo Filho, tampouco foram campeões Petrônio Barradas, entre 2006 e 08; e o próprio pai do atual mandatário tricolor, Marcelo Guimarães, entre 2003 e 2005, embora este tenha títulos nos dois primeiros mandatos, de 1997 a 99 e também de 2000 a 02. Reverter o cenário favorável ao Vitória, na luta pelo penta, dá ao Bahia confiança para o Brasileiro, resgata a autoestima no torcedor há nove anos sem gritar campeão e rende dinheiro. Perder o campeonato, por outro lado, pode dar ao Bahia, no final do ano, o primeiro presidente sem título a tentar ser reeleito em 80 anos.
Inter - O Inter publicou na quinta-feira, no site oficial, o balanço financeiro de 2010, com receitas superando os R$166 milhões. As quatro principais fontes de receita foram: vendas de jogadores, com R$56,7 milhões; rendas de TV, de R$45,5 milhões; o quadro social, R$39 milhões; e os patrocínios, com R$11,4 milhões. Nos cenários dos mais otimistas para a temporada 2011, o Bahia espera arrecadar R$45 milhões e o Vitória, R$35 milhões.
A pé - A Câmara Municipal debateu na sexta-feira mobilidade urbana e políticas integradas para a Copa 2014. Sobre o tema, o governo prefere o modelo BRT (Bus Rapid Transit), de ônibus em corredor exclusivo; e a prefeitura é favorável ao VLT (Veículo Leve sobre Trilhos); o bonde. Enquanto isto, o metrô está há 11 anos em obras.
Marcelo Sant´Ana é repórter especial do jornal Correio* e
escreve quinta e domingo. Coluna publicada na edição impressa do dia 1º
de maio de 2011
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