O Campeonato Baiano segue tão bem quanto começou. Vamos ter duas finais em um único certame. A primeira vai ser logo a decisão particular que Bahia e Vitória encarnam a cada torneio para saber qual dos dois é o melhor, e, depois, ainda curtiremos mais um embate para conhecer o campeão baiano de 2011, já com a garantia de um time do interior para deixar a festa mais democrática.
Há quem esteja por aí a lamentar o enfrentamento precoce entre os dois principais times do estado, como se isso fosse tirar o brilho da decisão do campeonato, pois seria uma final antecipada. Eu não penso desta forma e nem acredito que o vencedor do Ba-Vi levará facilmente a taça, principalmente se o Bahia de Feira avançar diante do Serrano. O time da Princesa do Sertão apresentou desde o início da disputa uma boa regularidade, se comportou com autoridade quando contra Bahia e Vitória e pode aprontar uma surpresa.
Os caminhos de cada equipe até aqui foram bastante distintos e talvez tenham deixado a impressão de que o Vitória é o favorito por causa da campanha tranquila. Mas, meu caro leitor, sujeito escolado na falta de lógica do futebol, a história não é bem assim. Basta lembrar que este ano foi uma vitória para cada lado e agora, na hora da decisão, vai ser coração da ponta da chuteira, fé no santo preferido e muita torcida, prenúncio de duas belas partidas, uma em Pituaçu, que espero esteja lotado, e outra no Barradão, que também vai ficar pequeno.
Por outro lado, o Bahia sofreu para chegar até aqui, mas pode se empolgar com a chegada do novo treinador e mostrar, quem sabe, um futebol convincente, que até agora ninguém viu. Ontem mesmo, apesar da goleada, o time era dominado pelo Vitória da Conquista no início do jogo e levou uma bola na trave, quando brilhou a estrela do estreante.
René Simões havia optado por Maurício para dar velocidade ao time tricolor e bastou apenas uma bobeada do time de Conquista para o rápido meio-campo aproveitar o cruzamento de Marcos, empurrar a bola para a rede e fazer aparecer o primeiro sorriso sob o bigodão do técnico tricolor. E lembrar, que, no jogo da ida, lá em Conquista, Marcos tinha saído de campo como vilão depois de uma falta boba na frente da área e que resultou no belo gol de Lei, empatando a partida.
Depois do gol do Maurício, Souza marcou e o torcedor se empolgou. Agora resta saber quemvai fazer a diferença: a boa campanha rubro-negra, a empolgação tricolor, a regularidade do time de Feira ou alguma surpresa do Serrano.
Jony Torres é jornalista da TV Bahia e escreve às segundas. Coluna publicada na edição impressa do dia 18 de abril de 2011
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