A confusão no Ba-Vi de domingo ainda ecoa na Toca do Leão. Ontem, durante a reapresentação, os jogadores do Vitória ainda estavam pilhados com a suposta falta de respeito do adversário.
Sem fugir da dividida, o atacante Neto Baiano comentou sobre a atitude do lateral do Bahia Ávine, que, no final da partida, começou a dar toque virando a cara, bem no estilo boleiro de provocação e alegou que o jogador tricolor faltou com respeito, algo que os outros rubro-negros não fizeram nem nos 3x0, pelo primeiro turno, nem no domingo.
"Falei com ele para respeitar o Vitória. Acho que isso (toque virando a cara) é coisa de moleque, de quem está começando agora. Ele não é moleque pra fazer isso", disse. Mesmo indignado, Neto pediu desculpas ao camisa 6 do Bahia, mas fez uma ressalva: "Eu falei que ele era juvenil. Na hora do jogo, com a cabeça quente, usei essa linguagem da boleiragem. Peço desculpas, da mesma forma que peço a ele que seja mais homem e jogue sério".
Na saída do gramado, o atacante também disparou que o rival era time pequeno. "Gosto tanto do Vitória que não tenho nada para falar mais do Bahia. O que eu falei tá falado", sentenciou, com a cabeça mais fria, mas sem voltar atrás no discurso do jogo.
Conhecido pela personalidade forte, Neto foi recriminado em casa por conta da confusão que proporcionou no clássico. "Até minha esposa me deu uma bronca. Tenho que mudar esse meu jeito estourado. É duro você perder um Ba-Vi. Perde a cabeça", confessa.
APITO - A bronca do Leão não ficou restrita ao comportamento de Ávine. A galera do Vitória está na pilha também com a atuação do árbitro Jailson Macedo Freitas. "Nós estamos aqui para defender os direitos do clube. A arbitragem foi uma catástrofe. Teve o jogo e ninguém fala do resultado, e sim da arbitragem. Daí você tira", disse o diretor de futebol Beto Silveira, citado por Jailson na súmula do jogo como autor de ofensas.
Pirado com o árbitro, Silveira afirmou que a atuação dele não vai passar despercebida pelo clube, que vai entrar com uma representação junto à Federação Baiana de Futebol. "Houve uma revolta de todos por causa da palhaçada que aconteceu. Acho que ele enterrou de vez a participação dele em Ba-Vis", completou.
Matéria publicada na edição impressa do jornal Correio* do dia 22 de fevereiro de 2011
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