Um carrinho perfeito na bola, daqueles de pura raça, faz o torcedor se encher de orgulho e vibrar como se fosse um gol. Uelliton, fã do implacável Dunga, pensa diferente. O desarme é, sim, um golaço. Assim o artilheiro da vontade conquistou os rubro-negros. Domingo, na primeira partida da final com o Bahia de Feira, no Joia, o guerreiro inicia a busca pelo quinto título da carreira. Isso mesmo, ele é tetra estadual. Nos últimos dois anos, conquistou o Baiano como titular absoluto. Já em 2007 e 2008, período em que era apenas mais um recém-saído da base, atuou em algumas partidas. Mas não foi fácil pro volante ganhar o reconhecimento atual. Faltaram tempo e espaço para que isso acontecesse depressa. Apesar de estrear no profissional em 2006, quando tinha apenas 16 anos, Uelliton sofreu pra se firmar. Após os dois títulos estaduais como coadjuvante, ele foi respirar novos ares. Primeiro, para o Itaúna-MG. E em 2007, ano do retorno do Vitória à Série A, parou no Gama. As duas saídas foram por um período de seis meses. Emoções - “Eu culpo os treinadores. Faltou um Antonio Lopes, um Ricardo Silva, um Carpegianni... Esses botam quem é da base sem medo”, dispara Uelliton. O auxiliar Ricardo Silva ganha uma moral extra com Uelliton por ter dado a primeira chance do baiano de Monte Santo como titular, em 2009. “Eu valorizo essa conquista de ser titular também porque tive que sair pra jogar aqui no Vitória”, completa Uelliton, que já acertou a renovação de contrato no Leão até o final de 2012. Falta assinar. De 2009 pra cá, passou por diversas emoções no Leão, tando positivas como negativas. A Copa do Brasil do ano passado é um dos momentos que carrega as duas sensações. Feliz por ter levado o Vitória à final, uma lesão muscular o tirou dos dois jogos da final. “Só de não poder jogar ali...Se a gente tivesse completinho, levava aquela taça”, lamenta o vice-campeonato. Mas chega de olhar pra trás. Aos 23 anos, Uelliton quer um 2011 de glórias. “A ficha do rebaixamento só caiu agora. Esse penta é importante demais pra gente”, mira o volante, peça-chave de Lopes também na dura missão de voltar à primeira divisão. Colo Colo - Respeito é tudo para alcançar o penta. “Em 2006, eu me lembro: o Vitória tinha a vantagem e deu mole. Perdeu as duas partidas pro Colo Colo”, relembra ele, que chegou a atuar naquele ano. Agora, quer uma história diferente. Matéria publicada na edição impressa do jornal Correio* do dia 6 de maio 2011
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