O Brasil não está na final, mas a cada discussão sobre a Copa do Mundo surge o nome de Neymar. E o assunto, invariavelmente, é a visão disseminada globalmente de que o atacante tornou-se um personagem marcado pela simulação, pela tentativa de iludir árbitros. O tema voltou à tona durante a entrevista coletiva do Grupo de Estudos Técnicos da Fifa, responsável por analisar o tipo de jogo, tendências táticas e técnicas da Copa do Mundo. E coube ao ex-craque holandês Van Basten as palavras mais duras.
Chefe do setor de desenvolvimento técnico da Fifa, Van Basten usou um tom irônico no início, ao ser perguntado sobre as simulações do atacante brasileiro. Em seguida, falou em tom de alerta.
- O futebol tem um componente de humor. E ele faz as pessoas rirem - disse, para logo depois falar em tom de alerta. - Não penso que seja uma boa atitude. Se todos percebem que você está atuando tanto, não é bom para você. É um ponto para o qual devemos ter atenção.
Outro membro do grupo de estudos, o ex-técnico da seleção brasileira Carlos Alberto Parreira fez ponderações a favor de Neymar.
- Não é questão de defender, mas ele é muito agredido também. Por vezes cai, é verdade. Mas o fundamental é se tratar de um jogador capaz de fazer a diferença - disse.
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