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Vendo Z4 pelo retrovisor, Gabriel quer pisar fundo contra Grêmio

"Temos que acelerar o mais rápido possível e conquistar os pontos pra ficarmos livres do rebaixamento", afirma meia-atacante

• 22/10/2012 às 10:25 • Atualizada em 02/09/2022 às 5:21 - há XX semanas

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Gabriel tirou a carteira de motorista há um mês
Nada de descer na banguela ou puxar o freio de mão. A máquina tricolor precisa voltar a acelerar no jogo de sábado, contra o Grêmio, em Pituaçu. O Bahia fez belas ultrapassagem no começo do segundo turno, mas voltou a ver a bandeira amarela na pista. Em 16º lugar, tem 36 pontos e está a apenas três da zona de rebaixamento. O motor tricolor começou a perder rendimento outra vez na 29ª rodada, quando perdeu para o líder Fluminense por 2x0. Depois, lamentou outras duas derrotas, contra Coritiba (2x1) e Palmeiras (1x0). No último sábado, empatou com o Corinthians em 1x1. Pra não terminar o Brasileirão entre os retardatários, o Bahia vai precisar pisar fundo contra o Grêmio, terceiro colocado. "Temos que acelerar o mais rápido possível e conquistar os pontos pra ficarmos livres do rebaixamento", diz Gabriel, que não quer vivenciar outro aperto. No ano passado, o Bahia só escapou do rebaixamento na penúltima rodada do Campeonato Brasileiro. O GP de sábado não será fácil. Esse ano, o Bahia já derrapou três vezes diante da equipe gaúcha. No primeiro turno, derrota no Olímpico por 3x1. Nas quartas de final da Copa do Brasil, rodou duas vezes e foi eliminado da competição: 2x0 no Olímpico e 2x1 em Pituaçu. "É um time perigoso e temos que ter cuidado, mas em casa temos que impor nosso ritmo. Temos que acelerar agora pra acabar com o risco do rebaixamento". Acelerar mesmo, só no Circuito de Pituaçu. No trânsito de Salvador, Gabriel garante que é um motorista pacato. "Eu sou tranquilo, não gosto de ultrapassar o limite de velocidade". Prudência importante pra quem tirou a carteira de habilitação há um mês. Aos 22 anos, a revelação tricolor comprou um carango novinho e abandonou o sacolejo do buzú. Acostumado aos mimos da mãe e da avó, Gabriel nunca morou no alojamento da base. Passou quatro anos indo de ônibus de Itinga ao Jardim Cruzeiro, na Cidade Baixa, onde a família dele mora. Ele encarava o trajeto de aproximadamente 40 quilômetros duas vezes por dia. Pra ir ao Fazendão, pegava o coletivo Itinga e saltava no Largo do Caranguejo. De lá, mais 10 minutos andando até o centro de treinamento. Pra voltar, dois ônibus: Estação Mussurunga e Ribeira. "Demorava... Tinha dias que chegava a duas horas de viagem. E muitas vezes ia em pé depois do treino. Era puxado, mas eu não ligava, era acostumado e o importante era que eu tava jogando bola. Me sentia bem em casa, ter a família ao lado é melhor". Titular da equipe profissional, Gabriel mora hoje em um apartamento no Jardim das Margaridas, bairro bem próximo ao Fazendão, mas ao menos três vezes por semana vai ao Jardim Cruzeiro visitar a família. "Vim morar aqui pra facilitar, por que o descanso também faz parte do treinamento, mas sempre que dá eu parto pra lá. Agora a ida é bem mais tranquila e, a depender do trânsito, levo menos de uma hora pra chegar", conta. Ar-condicionado, direção hidráulica, banco de couro, som, teto solar... Gabriel curte o conforto, fruto de seu trabalho, mas garante que mudou de transporte apenas por necessidade, depois que começou a aparecer nos jornais e na televisão. "Eu nunca tive vontade de dirigir e, se não precisasse, eu não iria tirar carteira. Não tinha essa de não pegar buzú. E nunca tive curiosidade pra aprender a dirigir", garante. No início da fama, ele ainda pegava buzú, mas logo viu que era melhor evitar... "No ano passado eu joguei em Bahia x Corinthians e no outro dia peguei um buzú. O cara sentado do meu lado tava falando de mim, com o jornal com minha foto na mão. Eu tava de boné e ele não me viu, aí fiquei calado. Foi bom porque ele falou bem de mim, mas se tivesse falado mal...", diverte-se. Ba-Vi! Gabriel encarou rubro-negra no teste do Detran
"Não gosto de ultrapassar o limite de velocidade", diz Gabriel
Treinos, concentrações, viagens e o pouco interesse de Gabriel em dirigir fizeram o meia-atacante demorar quase um ano pra tirar a carteira. Ele e Maranhão, também revelado na base do Bahia e vendido para o futebol mexicano, entraram na auto-escola juntos, em outubro do ano passado. "Eu não ia para as aulas. Aí deu as férias, mas gastar minhas férias com auto-escola? Parti pra minha ilha! Aí chegou esse ano, na pré-temporada não dava, jogo quarta e domingo, depois fui tentando ajeitar e consegui. Maranhão acabou viajando sem terminar", conta. E no exame do Detran? As pernas que já enfrentaram os principais clubes do país tremeram na hora de fazer a meia embreagem. "Não foi de boa, não", admite. "A perna tremeu mais do que qualquer coisa. Cheguei lá tranquilo, entrei no carro, mas aí na hora de fazer a meia embreagem a perna tremeu e o carro morreu uma vez, mas só foi só esse erro", avisa. E mais: a avaliadora era rubro-negra. Por sorte, ela deixou a rivalidade Ba-Vi de lado e aprovou o garoto. "Ela me reconheceu e falou que era Vitória. Só que ela era gente boa e me deixou tranquilo". Agora, Gabriel nem se preocupa mais com a embreagem. Os engarrafamentos de Salvador fizeram ele optar por um carro hidramático. Pés pouco exigidos e som na caixa. Sempre rola baixinho um pagode romântico. "Não gosto de zoada não, gosto de um som mais tranquilo. Tem várias bandas que eu gosto. Revelação, Sorriso Maroto também é bom. Nesse estilo aí. Ah, Raça Negra também escuto sempre". Sábado ele promete sim fazer barulho. É pra chegar buzinando em Pituaçu. Vendo a zona pelo retrovisor, Gabriel quer pisar fundo contra o Grêmio

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